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 | 07/02/2008 14h02min

União Européia poderá avaliar número maior de fazendas brasileiras aptas a exportar carne

Mais de 2 mil propriedades aguardam aprovação para poder exportar

O número de produtores de carne bovina a ser submetido à avaliação União Européia pode ser maior do que o anunciado até agora (683) pelo Ministério da Agricultura. Isso porque no dia 14 estará concluído o relatório individual sobre os Estabelecimentos Rurais Aprovados no Sisbov (Eras) e outras propriedades podem ser incluídas até essa data.

O Sisbov é o Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos e envolve um conjunto de procedimentos para caracterizar a origem, o estado sanitário, a produção e a segurança dos alimentos.

O relatório será entregue em reunião, em Bruxelas, no próximo dia 15, a representantes da União Européia. Na semana passada, o bloco anunciou a suspensão da importação de carne brasileira. De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, a lista entregue à União Européia com cerca de 2,6 mil propriedades visitadas pelos técnicos era preliminar e ainda seria submetida à avaliação individual. Ele explicou que inicialmente o prazo para a análise da documentação de cada fazenda terminava em 15 de março, mas foi antecipado em um mês.

Segundo o secretário, na conferência dos dados das 2,6 mil fazendas visitadas os técnicos detectaram a falta de documentos, como notas fiscais e comprovação de movimentação de animais, por exemplo.

No momento em que conferimos item por item, ainda faltavam documentos comprobatórios, pequenas não-conformidades ainda não resolvidas, disse o secretário. Segundo ele, até a próxima segunda-feira (11) os documentos pendentes ainda podem ser enviados ao ministério. Novas inclusões [de propriedades aptas a exportar carne] ainda podem ser feitas até o dia 11, explicou.

O número de propriedades que o governo brasileiro pretende submeter à avaliação da União Européia é maior do que o definido no pedido dos países europeus (300). Para o secretário, a União Européia especificou esse número por acreditar que o Brasil não teria condições de auditar todas as fazendas.

Com a estrutura que eles conheciam de reuniões e visitas anteriores e sabendo das não-conformidades, eles calculavam isso [que o Brasil não teria capacidade para fazer as auditorias]. Segundo ele, anteriormente, o número de fiscais chegava a cerca de 40 e atualmente é dez vezes maior. O governo está confiante de que está apresentando uma lista auditada que realmente atende aos requisitos.

No dia 25 deste mês, os técnicos europeus vêm ao Brasil fazer visitas a essas propriedades. Segundo ele, os europeus devem fazer visitas a um bom percentual de uma lista de 300 propriedades.

Então é melhor fazer em cima de uma amostragem. Os achados deles comparados aos nossos é que vão definir os critérios daí para a frente, afirmou.

De acordo com o secretário, em um primeiro momento, se o mercado da União Européia for reaberto, somente as fazendas aprovadas poderão exportadas. Mas logo haverá uma segunda, uma terceira, uma quarta lista até que se consiga, então, voltar à normalidade.

AGÊNCIA BRASIL

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