| 07/12/2007 16h27min
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio) irá avaliar na próxima semana os pedidos de importação de milho transgênico feitos por criadores de suínos e aves. Uma decisão contrária pode dificultar a abertura de novos mercados em 2008.
O ano foi de crescimento para o setor avícola. No Rio Grande do Sul, as exportações ultrapassaram 517 mil toneladas de janeiro a setembro. A estimativa da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) é de que o aumento nas vendas para o Exterior possa chegar a 7% até o final de dezembro. Mas o clima agora é de expectativa. A ampliação dos negócios depende da importação do milho, que representa 70% da ração destinada aos animais.
– Sabemos que existem as posições contrárias a essa importação, respeitamos elas, também não somos contrários à exportação do grão, mas queremos alguns mecanismos que dêem condições de competitividade e abastecimentos para as agroindústrias do Rio Grande do Sul – disse José Eduardo dos Santos, secretário-executivo da Asgav.
O mercado internacional do milho está supervalorizado por causa da fabricação de etanol. Só nos Estados Unidos, a quantidade destinada ao biocombustível vai passar de 50 milhões para 70 milhões de toneladas no ano que vem.
O Brasil colheu na última safra 51 milhões de toneladas de milho. Até o final do ano, o país consumirá 41 milhões e exportará de 8 a 10 milhões de toneladas.
– Precisamos buscar a liberação e autorização do plantio do milho transgênico. Somente aí nós teríamos um incremento de produção pelo controle especialmente das lagartas. É a fórmula. E mais área. Nós temos oportunidade de aumentar a área desde que haja demanda e que haja valorização do produto que garanta ao produtor margens de rentabilidade – disse Jorge Rodrigues, presidente da comissão de grãos da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul).
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