| 01/12/2007 12h57min
O Brasil, pela primeira vez, admitiu que o conflito entre Argentina e Uruguai em torno da instalação de uma fábrica de celulose no lado uruguaio da fronteira pode afetar os "interesses comuns" dos países da região.
– Se dois membros de uma família não têm boas relações, isso afeta de alguma maneira os interesses comuns – disse o chanceler Celso Amorim numa entrevista coletiva a correspondentes estrangeiros em São Paulo.
O chanceler se referiu assim às possíveis conseqüências para o Mercosul do litígio entre argentinos e uruguaios pela construção da fábrica da multinacional finlandesa Botnia nas margens do rio Uruguai.
A instalação da fábrica à beira do rio Uruguai, limite natural entre os dois países, gerou o pior conflito em décadas entre os dois vizinhos. O caso foi parar na Corte Internacional de Justiça de Haia.
AGÊNCIA EFE