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 | 28/11/2007 06h45min

Preço do leite deve ficar estável em Santa Catarina

Conseleite projeta alta de 3,6% para novembro

Depois de dois meses em queda, os preços referenciais para o mercado do leite em Santa Catarina indicam estabilização do mercado para este fim de ano, segundo o Conselho Paritário Produtores/Indústrias de SC (Conseleite). Para novembro, o conselho projeta alta de 3,6%, com os preços de R$ 0,5880 acima do padrão, R$ 0,5113 para o padrão, e R$ 0,4648 abaixo do padrão. Os valores referenciais finais de outubro ficaram em R$ 0,5676 para o leite acima do padrão, R$ 0,4936 para o leite padrão e R$ 0,4487 para o produto abaixo do padrão, registrando redução de 13,6%.
 
O vice-presidente do Conseleite e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, explica que os preços referenciais consideram o produto posto na plataforma da indústria, incluso o Funrural, ou seja, indicam o preço bruto que o mercado deve praticar. Pedrozo lembra que os preços estavam muito aquecidos desde o primeiro semestre, pois a demanda elevada por leite no mercado mundial manteve os preços aquecidos e estimulou o aumento da produção. Atualmente, completa, há excesso de produção e os estoques das empresas estão repletos – situação que provocou a queda de preço.
 
O gerente do Departamento de Lácteos da Coopercentral Aurora, Nereu Selli, prevê que as empresas que estão pagando o leite acima dos preços referenciais fazer seus ajustes, mantendo uma estabilidade relativa nos próximos meses. Segundo ele, para superar esse desequilíbrio entre oferta e demanda seriam necessários reduzir a produção e transformar o leite fluido em leite em pó, mas, atualmente, a indústria catarinense não tem tradição nessa área.
 
A Faesc apurou que a produção catarinense cresceu 45% de maio a setembro, um incremento muito grande e acima da demanda. Santa Catarina está produzindo 4,5 milhões de litros por dia e deve encerrar o ano com 1,650 bilhão de litros. Na escalada em que estava, poderia chegar a quase dois bilhões/ano. Além da oferta excessiva, a indústria de laticínios gaúcha está vendendo leite bruto para as processadoras catarinenses a preços abaixo do referencial. A indústria láctea e o varejo (supermercados) estão com estoque cheio.

 

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE AGRICULTURA
Gernaro Joner / Agência RBS

Conselho estabelece para novembro preços de R$ 0,5880 acima do padrão, R$ 0,5113 para o padrão, e R$ 0,4648 abaixo do padrão
Foto:  Gernaro Joner  /  Agência RBS


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