| 22/11/2007 12h32min
O ministro do Meio Ambiente britânico, Hilary Benn, divulgou nesta quinta, dia 22, que pode ter havido um "provável" vazamento do vírus da febre aftosa em um laboratório de Surrey, no sul da Inglaterra. O episódio pode ter provocado um foco da doença registrado no país em agosto.
Benn disse que a existência do vazamento foi detectado na semana passada no laboratório de Pirbright, em Surrey (sul da Inglaterra), compartilhado pela farmacêutica Merial e o Instituto de Saúde Animal (IAH). O problema aconteceu por erro em uma válvula de um encanamento conectada a uma centrífuga e alcançou o sistema de drenagem das instalações, afirmou o ministro. No entanto, os pesquisadores "têm certeza que o vírus não se estendeu ao meio ambiente", ressaltou Benn, acrescentando que foram realizadas tarefas de desinfecção.
O laboratório fica próximo a várias fazendas afetadas pelo foco da febre aftosa em Surrey em agosto. Em setembro, as autoridades divulgaram dois relatórios, um da Comissão de Saúde e Segurança (HSE) e outro do professor Brian Spratt, do Imperial College, sobre a possível origem do foco da doença.
Segundo os documentos, o foco foi provavelmente causado por uma mistura de fatores, entre eles as inundações sofridas pelo país e o mau estado dos encanamentos do laboratório de Pirbright. No entanto, os pesquisadores não puderam ter certeza se a origem do foco, que causou perdas de vários milhões de libras ao setor de criação de gado, estava relacionada com a farmacêutica Merial e o Instituto de Saúde Animal.
A febre aftosa é uma doença virótica muito contagiosa que afeta porcos, ovelhas e principalmente as vacas, e cujos sintomas são úlceras no focinho, mamas, tubo digestivo e patas dos animais. Em 2001 o Reino Unido sofreu uma epizootia de febre aftosa que provocou grandes perdas ao obrigar o sacrifício de algo entre 6,5 e 10 milhões de cabeças de gado e gerar prejuízo de cerca de 12,5 bilhões de euros.
AGÊNCIA EFE