| 13/11/2007 15h40min
Milhares de aves foram sacrificadas nesta terça, dia 13, depois que as autoridades britânicas descobriram, na segunda, dia 12, um foco de gripe aviária em uma fazenda no condado de Suffolk, leste da Inglaterra.
Um porta-voz do Ministério do Meio Ambiente, Alimentação e Agricultura (Defra) reconheceu nesta terça, dia 13, que a variante do vírus encontrada é o H5N1, a mais agressiva e patógena da doença, que pode ser fatal para o homem.
Aproximadamente 5 mil perus, mais de mil patos e cerca de 500 gansos serão abatidos na fazenda de Redgrave Park, perto de Diss.
Como precaução, os funcionários da empresa que administra a fazenda tomaram medicamentos contra o vírus.
A primeira medida adotada criou uma zona de proteção de três quilômetros de diâmetro e outra de vigilância de dez quilômetros em torno da propriedade.
Nestas zonas foram limitados os movimentos de aves e foi pedido aos granjeiros que prendam os animais para isolá-los do eventual contágio por pássaros silvestres.
O Defra anunciou restrições posteriores em uma área mais ampla também por precaução, afetando os condados de Suffolk e Norfolk.
Em entrevista coletiva em Londres, Fred Landeg, um dos veterinários assessores do Governo, reconheceu que ainda existe "um pouco de incerteza" sobre a situação.
– Os dados da seqüência inicial fazem pensar que (o vírus) está relacionado de forma estreita com os focos detectados na República Tcheca e na Alemanha, o que sugere que a origem poderia ser uma ave selvagem – afirmou.
No entanto, o porta-voz disse que, por se encontrar ainda "em uma fase muito preliminar da investigação", afirmou que serão investigadas "todas as possíveis fontes".
O presidente do Sindicato Nacional de Agricultores, Peter Kendall, disse que esta era uma má notícia para os avicultores.
– É outro duro golpe para a indústria, que já tem que enfrentar a febre aftosa e a doença de língua azul – acrescentou.
Mais de 160 mil aves foram sacrificadas em fevereiro depois que foi detectado um foco da variante mais virulenta da doença em uma fazenda de perus em Suffolk.
A indústria avícola está preocupada com o impacto da notícia nos consumidores, mas a Agência de Padrões Alimentares afirma que o vírus não traz risco para a saúde quando os ovos e a carne forem cozidos.
AGÊNCIA EFE