| 25/10/2007 15h49min
Para que o PSDB vote a favor da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o governo precisa negociar uma lista com seis reivindicações: enquadramento da União na Lei de Responsabilidade Fiscal; mais investimentos em saúde; redução de 0,2% ao ano nos gastos públicos; desoneração de impostos; redução da alíquota da
CPMF e aprovação da contribuição por apenas um ano, com a condição de, durante esse período, o governo aprovar a reforma tributária.
A lista de reivindicações está sendo apresentada nesta quinta, dia 25, pelo líder do partido no Senado, Arthur Virgílio (AM), durante almoço, ao ministro da Fazenda, Guido Mantega.
– Se o governo achar muito ruim, nos diga, e nós tranqüilamente votamos contra. Fica cada um na sua trincheira. Se o governo achar bom e possível, a gente avança na negociação de maneira legítima – disse o senador.
Segundo Arthur Virgílio, a proposta do governo de aprovar o texto do jeito que veio da Câmara dos Deputados e modificar a alíquota da CPMF no futuro, não será negociada pelo partido.
– A gente quer a mercadoria deles entregue na frente. Não podemos ser enganados na mesma esquina duas vezes, seria fazer o papel de "biotários" - nós, que não nos consideramos, sequer, otários simplesmente.
O líder do PSDB ainda destacou que o partido está fechado na questão das seis propostas e que não corre o risco de haver "racha".
– Se o governo conta com cooptação de algum senador tucano, é bem melhor aterrissar no terreno do respeito e da moral, porque, se não, vão literalmente quebrar as suas ilustres e excelentíssimas faces – comentou.
AGÊNCIA BRASIL