| 15/10/2007 06h27min
Um dos estandes brasileiros mais badalados na Feira de Alimentação da Alemanha (Anuga), que ocorre até esta quarta-feira, dia 17, em Colônia, é o da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). Na entrada do pavilhão, que destaca o rebanho bovino no pasto, o chamado boi verde, empresários estrangeiros e autoridades são convidados a saborear um churrasco, regado a caipirinha, chope ou vinho gaúcho.
No sábado, dia 13, um churrasco foi preparado para o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que se reuniu com o ex-ministro e presidente da associação, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, e representantes do setor de carnes. Nas conversas, a campanha irlandesa contra a carne brasileira.
– O relatório irlandês não merece credibilidade. Defende o mercado deles, mas não estão sendo honestos e nós vamos provar isso. Esse assunto é comercial – reforçou Stephanes.
O ministro reúne-se nesta segunda-feira, dia 15, em Bruxelas, na Bélgica, com representantes do Parlamento Europeu para esclarecer o trabalho feito pelo Brasil.
– Vamos mostrar o que o Brasil está fazendo para atender a essas exigências – disse Inácio Kroetz, secretário de Defesa Agropecuária do ministério.
Segundo Stephanes, são ações que passam pela implantação de um sistema de teste de vacinação contra aftosa, nova legislação de controle e intervenção, documentos mais seguros para a exportação, melhor fiscalização de trânsito de animais e exigência de rastreabilidade. Em 2006, o Brasil exportou 2,5 milhões de toneladas de carne bovina, movimentando US$ 3,9 bilhões.
– Este ano vamos bater novo recorde – ressaltou Pratini de Moraes.
Os setores representados pelo Brasil na feira alemã são café, aves, carne suína, bebidas, chocolates, produtos orgânicos, biscoitos, massas alimentícias, laticínios, carne bovina, frutas e sucos.