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 | 15/10/2007 05h21min

Agronegócio gaúcho se expande em Feira de Alimentação alemã

Empresas do Rio Grande do Sul procuram ampliar espaço no mercado internacional e fecham vendas na maior feira de alimentação e bebidas no mundo, a Anuga, em Colônia, na Alemanha

No mundo da alimentação, o sotaque gaúcho está presente. A maior feira internacional da área de alimentos e bebidas (Anuga) ocorre a cada dois anos em Colônia, na Alemanha, reúne até esta quarta-feira, dia 17, 107 países e conta com a participação de 22 empresas do Rio Grande do Sul.

Nessa cidade do agronegócio que ocupa 296 mil metros quadrados no Centro de Exibição de Colônia, às margens do charmoso Rio Reno, o foco é business. E as empresas do Rio Grande, que sabem muito bem o que isso significa, já comemoram resultados dos dois primeiros dias do evento. É o caso da Cooperativa Agropecuária & Industrial (Cotrijuí) - Unidade Industrial, do município de São Luiz Gonzaga.

– Este final de semana foi surpreendente. No primeiro dia, negociamos 50% da meta estimada em 1,3 mil toneladas de carne suína para Rússia e Hong Kong – conta o gerente da área de suínos, Alcio Schneider, sem revelar os valores da negociação.

Para a Cotrijuí, que em 2006 obteve receita operacional bruta de R$ 480,08 milhões, o investimento na feira é estratégico: buscar novos mercados como Europa e Japão. Hoje, a cooperativa abate 300 mil cabeças de suínos por ano e exporta para Rússia, Hong Kong, Argentina, Emirados Árabes e África.

– Estamos há seis anos no mercado de carnes e conquistamos o 10º lugar no ranking dos maiores exportadores de carne suína do país – diz Schneider.

Para o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paulo Tigre, que visitou a feira no final de semana, a postura de buscar mercados compradores pode fazer a diferença no mundo globalizado.

Um produto made in Rio Grande do Sul desperta a curiosidade dos visitantes - só profissionais, pois público geral não entra. A cachaça gaúcha produzida em alambique rastreada, certificada pelo Inmetro, por exemplo, está representada pela Weber Haus, de Ivoti, e pela Casa Bucco, de Bento Gonçalves, com o apoio do Sebrae/RS.

– Fechei negócio, um contêiner com 14 mil garrafas de caipirinhas e 6 mil de cachaça, com um cliente da Suíça que mantinha contato há um ano – afirma Evandro Weber, diretor da Weber Haus, que já amarrava outro negócio para a Alemanha.

A bebida com certificação de qualidade é vendida para União Européia, Suíça, Nicarágua, EUA e Ásia.

– Agora, estamos caminhando para a certificação orgânica – complementa Moacir Menegotto, da Casa Bucco.

O Brasil participa da feira com 150 empresas, sob a coordenação da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

*Adriana Langon viajou para Colônia a convite da (Apex-Brasil)

ADRIANA LANGON/ZERO HORA

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