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 | 31/10/2011 19h33min

Alunos de cursinho pré-vestibular do Ceará poderão ter que refazer prova do Enem, diz Inep

Cerca de 320 alunos matriculados no cursinho da escola Christus também podem ter tido acesso a algumas questões da prova antecipadamente

A presidente do Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Malvina Tuttman, disse nesta segunda-feira, em Fortaleza, que o número de alunos do Colégio Christus obrigados a refazer as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderá ser maior do que os 639 matriculados no ensino pré-universitário. A medida também poderá atingir os cerca de 320 matriculados nos cursinhos da própria escola.

— Serão todos os que tiveram acesso pela escola a esse documento — disse a pedagoga, durante encontro com jornalistas no auditório do Banco Central na capital cearense.

De acordo com ela, a quantidade será determinada por meio das investigações da Polícia Federal (PF). De acordo com informações do próprio Inep, o custo de aplicação do Enem é de R$ 45 por candidato. Caso as investigações indiquem que a responsabilidade pela antecipação das questões seja do Colégio Christus, ele arcará com as despesas para a reaplicação.

— Nós estamos confiantes na resolução, na informação o mais rápido possível que a Polícia Federal irá oferecer ao Ministério da Educação — comentou.

Na manhã desta segunda-feira, ela participou de uma reunião com o juiz da 1ª Vara Federal, Luís Praxedes Vieira, que está analisando a ação proposta pelo procurador da República no Ceará, Oscar Costa Filho, pedindo anulação do Enem ou das 14 questões supostamente vazadas. Segundo a assessoria de comunicação da Justiça Federal, o juiz só vai se pronunciar amanhã.

De acordo com a Justiça Federal, a diretora de Ensino Básico do Inep, Maria Tereza Barbosa, afirmou, durante a reunião, que houve uma "falha contingencial". Malvina afirmou estar confiante de que as 14 questões não serão anuladas.

— Este não é o encaminhamento pedagógico, técnico-científico que o Inep apresenta na peça que hoje entregou à Justiça. E nós estamos confiantes de que os nossos argumentos, sempre pedagógicos, sempre técnicos, prevaleçam — disse.

Na avaliação dela, não houve vazamento.

— Não houve vazamento. Alguém pegou dois cadernos de prova, guardou durante um ano e utilizou esse material numa apostila da escola. Portanto, não houve vazamento — insistiu Malvina, enfatizando.

Agência Estado
 

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