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O mercado da aviação está aquecido e para quem quer entrar no mercado, dedicação, muito estudo e um bom investimento são os caminhos a serem seguidos.
Para quem quer se tornar um piloto de avião, por exemplo, é necessário fazer um curso teórico de Piloto Privado (PP). “O curso dura três meses e as aulas são de segunda a sexta. A partir de 17 anos a pessoa pode ingressar. O mais comum, até pouco tempo atrás, eram os homens procurando essa profissão, mas o quadro feminino tem aumentado bastante”, conta Reni Roberto Balestrini, diretor da CWB Escola de Aviação Civil. Após o curso teórico o aluno tem que fazer a parte prática, que tem que ter entre 35h a 40h de voo, além das provas com instrutores da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). “Com isso o aluno já pode pilotar aviões pequenos, monomotores”, lembra Balestrini.
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Para quem quer ser comissária de bordo, o curso dura três meses e meio. “Após o término do curso teórico e prático tem que fazer um curso de sobrevivência. Feito isso, é realizada a prova da Anac e se for aprovado, o aluno está apto a trabalhar”, explica o diretor.
Os requisitos míninos para se tornar um comissário é ter 18 anos, com 2º grau completo. De preferência, a pessoa deve ter pelo menos uma língua estrangeira com nível intermediário. O custo aproximado é de R$ 1.800,00. O salário mensal fica na média de R$ 4 mil.
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Experiências
Para quem está na profissão ou deseja concluir o curso, o processo é longo. É o caso de Vinícius Macedo, de 23 anos, que ainda não concluiu o curso, mas que pretende terminá-lo assim que puder. “Eu ainda preciso concluir as horas de voo, que são, no total, 150 horas, para a aviação comercial. É um investimento pesado, e por enquanto estou indo aos poucos. Além disso, faço outra faculdade, de Análise de Desenvolvimento de Sistema na UFPR”.
Foto: Sxc, Divulgação
Vinícius contou como o processo é feito desde quando o piloto entra no curso até o final. “Quando você começa, a primeira coisa é fazer os exames médicos. São vários: neurológicos, psicológicos, e exames físicos no geral. Aí você ganha um certificado de capacitação física. Feito isso, você faz uma prova da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para dois tipos: o de Piloto Privado (PP) e de Piloto Comercial. Para ser PP é preciso menos horas de voo (40h) e daí você já pode pilotar aviões monomotores, por exemplo”, explicou. Para se tornar um piloto de aviação comercial são necessárias 150 horas de voo, feitas em vários modelos de avião. Nos dois casos, o aluno faz checking de voo com um instrutor da Anac.
O que pesa no processo, segundo Vinícius, são as horas de voo. “Essa é uma parte que você paga separadamente. Então, por isso, o investimento para ser piloto é grande. Em média, a hora sai por R$ 200”, revela. No total, o investimento para ser um piloto comercial é de R$ 50 mil.
Quem já é piloto, a rotina é pesada e muitas vezes desgastante. “Eu faço aviação executiva e os voos são sempre pré-agendados. Mas não posso, por exemplo, marcar um final de semana ou combinar algo durante a semana. Embora eu consiga voltar pra Curitiba todos os dias, sempre tô de sobreaviso”, conta Hiroo Felipe, 25 anos, piloto de jato. “Há tripulantes que chegam a ficar uma semana fora”, completa.
Em média, um comandante recebe entre R$ 12 mil a R$ 17 mil; um co-piloto, de R$ 3 mil a R$ 6 mil. Mas isso depende da empresa e do avião. “Quanto mais complexo o avião, maior o salário”, finaliza Hiroo.
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