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A leptospirose é a doença transmitida por uma bactéria presente na urina do rato. Entre o público-alvo famílias que vivem em áreas de risco ou que estão expostas à contaminação em função do trabalho que realizam – como coletores de material reciclável e operários da construção civil.
O objetivo do alerta é o diagnóstico precoce da doença, que permite um tratamento imediato e eficaz. “Isso é fundamental para evitar o agravamento dos casos, assim como é importante a iniciativa de quem manifesta os sintomas procurar rápido o serviço de saúde mais próximo. O ideal é que as pessoas sigam as dicas repassadas no dia-a-dia pelos profissionais de saúde e saibam se proteger da contaminação”, diz a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde, Juliane Oliveira.
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Precauções
Esses cuidados são úteis no controle da leptospirose, que se caracteriza por febre repentina, comumente acompanhada de dores de cabeça e nos músculos (inclusive na panturrilha ou batata da perna) e icterícia (pele amarelada). Esse ano foram registrados em Curitiba 619 casos da doença, dos quais 120 confirmados laboratorialmente. Desse total, 25 pessoas demoraram para procurar atendimento e acabaram morrendo. Andar somente calçado, não entrar em contato com água suja e inutilizar os alimentos contaminados estão entre as orientações que precisam ser colocadas em prática para evitar a proliferação da doença.
Elas são rotineiramente repassadas à população das áreas de risco pelas equipes das unidades de saúde e agentes de zoonoses. Se for necessário entrar em contato com a água suja, deve-se usar botas e luvas longas ou improvisar esse tipo de proteção com sacos plásticos fixados no corpo.
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Também é importante não beber a água contaminada nem levar a mão molhada à boca ou aos olhos. Com isso, evita-se que a bactéria penetre por lesões – mesmo que imperceptíveis – existentes na pele ou nas mucosas. Isso porque o agente infeccioso é eliminado com a urina do rato, que se mistura à água do rio e se dissemina com facilidade. Ao se expor a essa água sem proteção, corre-se o risco de adoecer.
Risco
Os moradores das áreas de risco são constantemente informados sobre a importância da limpeza da casa e da caixa d’água com hipoclorito de sódio ou água sanitária. Também é necessário o exame cuidadoso de cada cômodo, para detectar cobras ou aranhas. No trabalho de rotina 15 técnicos visitam até 6 mil imóveis de Curitiba por mês. Cada residência é inspecionada três vezes num período de 20 dias. O objetivo é avaliar a ação de controle de roedores.
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Acompanhamento
Entre os locais inspecionados estão áreas de beira de rios, córregos e valetas. Além de verificar a presença de lixo e roedores, os agentes de zoonoses distribuem folhetos sobre o que é a doença e como evitá-la e reforçam junto aos moradores a necessidade de dar a destinação correta a cada tipo de lixo e manter jardins, quintais e terrenos baldios próximos livres dos chamados 4 As. “Sem lixo exposto, sem roedores, baratas e aranhas”, completa o coordenador do Centro de Controle de Zoonose e Vetores, o biólogo Juliano Ribeiro.
Na linguagem dos sanitaristas, a expressão 4 As designa os fatores acesso (portas e janelas danificadas ou sem proteção), água, alimento (restos de comida no terreno ou dentro de casa) e abrigo (como caixas utensílios velhos deixados no ambiente), que favorecem à proliferação de roedores. Depois da limpeza e do compromisso dos moradores, os técnicos do Centro de Controle de Zoonose e Vetores promovem a desratização das áreas infestadas. Além desse trabalho de rotina, o Centro de Controle de Zoonose e Vetores oferece suporte às ações da Vigilância Epidemiológica.
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Assim que são expedidos os laudos dos exames de sangue confirmando casos ou óbitos, os agentes vão até os locais de residência e trabalho das vítimas para que se esclareça como se deu a contaminação. Conhecida a forma de contágio, o serviço inicia imediatamente as condutas para evitar que outras pessoas sejam contaminadas.
Leptospirose
O que é e o que fazer:
>> Doença infecciosa febril de início abrupto e que se caracteriza por ser um problema de saúde pública não só no Brasil, mas também em outros países tropicais;
>> Transmitida pela bactéria Leptospira, eliminada com a urina dos roedores. Também pode contaminar cães que, além de funcionarem como reservatório do agente infeccioso, podem adoecer e morrer por causa dele;
>> O período de incubação varia de 1 a 30 dias, sendo mais frequente ocorrer entre o 5º e o 14º dia;
>> Os sintomas clássicos são a febre repentina, comumente acompanhada de dores de cabeça e nos músculos (inclusive na panturrilha ou batata da perna), icterícia (pele amarelada);
>> A pessoa que apresentar esses sintomas deve procurar o serviço de saúde mais próximo o mais rápido possível;
>> O tratamento pode ser ambulatorial à base de medicamentos e acompanhamento diário para os casos leves. Nos casos graves, requer internamento hospitalar;
>> Os óbitos estão associados a alterações respiratórias, insuficiência renal e hemorragias.
Fonte: Agência de Notícias da Prefeitura de Curitiba
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