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Com as novas tecnologias e a consciência ecológica a pleno vapor, não é de admirar que muitos produtos da construção civil estejam sendo confeccionados com materiais reciclados e duas vertentes fortes servem como referência: os pós-industriais e os de origem pós-consumo. O primeiro caso é referente aos produtos produzidos em escala industrial já visando a questão ecológica tão em voga hoje em dia, e no segundo caso, o reaproveitamento de elementos da construção em desuso.
Confira alguns exemplos destes elementos e as suas aplicações.
Para os pisos
A madeira ganhou um ar de ecológica, mas ao mesmo tempo carrega o estigma do desmatamento, mesmo com o reflorestamento. O tempo que uma árvore leva para atingir o tamanho de corte é muito elevado. O carvalho, árvore muito apreciada e considerada nobre, leva até 120 anos para atingir o amadurecimento ideal. Uma alternativa é o uso de pisos de bambu e cortiça, que se assemelham muito com a madeira. O rápido crescimento destes materiais alternativas (entre quatro e seis anos para o bambu se regenerar e nove anos para as plantas que geram a cortiça) apresentam um valor ecológico muito grande, até mesmo por que ambos não requerem produtos tóxicos e produzem menos vapores nocivos à atmosfera para a sua instalação. Dentro de uma cadeia de vantagens, esses materiais são mais baratos, mesmo com as milhares de variedades dos dois.
Mas as desvantagens estão presentes. Estes pisos são suscetíveis, podem sofrer descoloração em virtude da luz ultravioleta e, em alguns casos, é necessário limpar com produtos específicos para não danificar o chão ecológico.
Quem não estiver certo desta alternativa e ainda quer ser ecologicamente correto com piso de madeira pode optar por assoalhos de madeira industrializada ou de produção mecânica. Esses compostos de camadas de madeira (na maioria) recicladas são mais baratos e o seu processo de produção não agride tanto a natureza. Claro que a durabilidade não é muito forte, e com o tempo lascas e rachaduras podem começar a aparecer, principalmente devido ao grande tráfego de pessoas.
Como ter água ecologicamente quente?
Uma das maiores preocupações para as próximas gerações é a água. Muitos comerciais de ONGS e de instituições públicas alertam sobre o problema que a falta d’água irá causar em pouco tempo. Armazenar tudo em tanques é ecologicamente correto então? Os aquecedores de água sem tanque conseguem produzir calor apenas quando uma torneira está aberta. Os modelos elétricos ou a gás atendem a qualquer tamanho de residência e evitam que muita água fique parada de maneira desnecessária em tanques. A opção de um aquecedor ligado apenas ao chuveiro ou à máquina de lavar louça existe também e representa mais economia. Mais economia na conta (de água, de luz ou gás), menos possibilidade de doenças com água mal armazenada em tanques e menos riscos de vazamentos. Uma solução ecológica, prática e econômica.
Tecnologia de ponta nas janelas
Aproveitar a luz natural é o principal objetivo das chamadas janelas inteligentes. O baixo consumo energético é objeto de pesquisa para muitas empresas de tecnologia e essa é uma das tendências pesquisadas. Funciona assim: o consumidor quer bloquear a luz na sua sala ou apenas uma parte dela. Para tal bastaria apenas acionar um dispositivo que fecha automaticamente as janelas de acordo com o interesse de quem acionou. Com essa atitude seria possível gastar menos luz elétrica, compensar a temperatura interna da residência e evitar o uso abusivo do ar-condicionado, um dos vilões do meio ambiente.
Ainda longe da realidade brasileira (salvo apenas para quem tem muito dinheiro), a outra opção é usar janelas maiores e colocadas de tal maneira que permitam que o ar circule por todos os cômodos da casa. A luz do dia, quando bem aproveitada, evita o consumo de energia desnecessário por parte de luminárias. Caso as janelas não permitam tal luminosidade ou circulação de ar, vale consultar um arquiteto ou um engenheiro para encontrar uma maneira mais eficaz de remodelar a disposição das janelas em toda a residência.
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