Eleições | 30/09/2010 11h24min
A campanha nacional pelo voto responsável, coordenada pela Instituto Àgora em parceria com mais sete entidades, manterá suas ações após o período eleitoral, na fiscalização dos eleitos – presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. O diretor do instituto, Gilberto Palma, explicou que o objetivo é cobrar desses políticos o cumprimento das promessas de campanha e acompanhar a atuação de cada um, no Legislativo (nacional e estaduais), na Presidência da República e nos governos estaduais.
Entre os parceiros do Àgora, nesta campanha, estão a Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef), o Instittuto Vladimir Herzog e a Associação Nacional do Ministério Público Criminal. Nesta quinta, será promovido em Sorocaba (SP) um encontro com 100 jovens de 16 anos, que moram em comunidades carentes, para explicar a importância do primeiro voto e a análise mais profunda da vida dos candidatos que pretendem eleger.
— Na verdade, começaremos nosso trabalho após 1º de janeiro, quando governadores e o novo presidente tomarem posse — disse Gilberto Palma.
Senadores eleitos terão oito anos de mandato para cumprirem a concretização das políticas públicas prometidas em campanha. Os deputados, por sua vez, terão um mandato de quatro anos. Ambos tomam posse em 1º de fevereiro.
As parcerias, de acordo com o diretor do Àgora, foram estabelecidas com a finalidade de dar abrangência nacional à fiscalização dos eleitos, uma vez que a entidade “não tem pernas” para cumprir esta meta. Atualmente o instituto atua no Rio de Janeiro e em São Paulo. Os dados colhidos, por sua vez, são repassados à organizações não governamentais (ONG) que atuam em diferentes regiões do país para que possam se mobilizar e cobrar de seus candidatos as promessas feitas no período eleitoral.
Gilberto Palma frisou que o instituto não repassa informações para partidos políticos, igrejas ou entidades com fins lucrativos.
— Para ter acesso aos nossos dados é fundamental que as instituições não tenham qualquer caráter político, religioso ou de fins lucrativos e as ONGs atendidas terão que ser certificadas — acrescentou o diretor do Àgora.
Desde o início da semana, a campanha é veiculada em inserções no rádio e na televisão e, também, em propaganda em jornais e revistas.
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