Eleições | 29/09/2010 22h05min
Depois de perder 2 minutos e 26 segundos de propaganda na TV por decisão do TRE-RS, Yeda Crusius publicou nota, repudiando a medida do órgão. Segundo o comunicado da coligação, "não restou tempo hábil" para que fosse possível exercer o "direito constitucional de defesa".
A nota alega que a decisão foi repassada a menos de uma hora do início do programa de TV. A coligação pondera que "Tarso e Fogaça sofreram a mesma acusação e não foram penalizados". De acordo com a liminar, Yeda Crusius, usou, pelo tempo citado acima, o espaço destinado aos concorrentes a deputado estadual.
No encerramento do comunicado, a coligação qualificou a perda de tempo como uma "violência": "mais do que censura, lembra perseguição política partidária sistemática, prática de um tempo que parecia superado na democracia brasileira".
Confira a íntegra da nota:
"A Coligação Confirma Rio Grande repudia, com veemência, o tratamento dado por decisão de juiz auxiliar do TRE/RS que, a menos de uma hora do início do último programa de TV do horário eleitoral gratuito, com a gravação do programa já entregue às emissoras, comunicou o corte de 2m26seg do espaço da candidata Yeda Crusius. Desta forma, não restou tempo hábil para a Coligação Confirma Rio Grande exercer o direito constitucional de defesa.
A decisão liminar de um único magistrado surpreendeu pelo tratamento diferenciado em tema recorrente nesta campanha, que sempre teve decisão do TRE contrária a essa da liminar concedida hoje. Os candidatos Tarso e Fogaça sofreram a mesma acusação e não foram penalizados (pelo menos cinco casos semelhantes tiveram decisão diferente).
Fica evidente o desequilíbrio provocado por esta decisão de caráter liminar e precário em prejuízo da candidata Yeda frente aos demais candidatos beneficiados. Assim, sentindo-se gravemente prejudicada, a Coligação buscará em recurso ao Tribunal reformar a injusta decisão.
O processo eleitoral e o horário gratuito se fundamentam no princípio da equidade entre os concorrentes, o que foi desvirtuado pela decisão cerceadora.
Num momento decisivo da eleição, no último programa de TV, a candidata Yeda foi impedida de manifestar a sua mensagem ao povo gaúcho. Essa violência, mais do que censura, lembra perseguição política partidária sistemática, prática de um tempo que parecia superado na democracia brasileira.
Lamentável.
Coligação Confirma Rio Grande"
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