Eleições | 16/08/2010 14h15min
Com mais de uma hora de atraso, o presidenciável tucano José Serra chegou ao evento promovido pelo movimento suprapartidário "Gaúchos com Serra" no Restaurante Galpão Crioulo, no Parque da Harmonia, em Porto Alegre. Ao falar para um público de cerca de 600 pessoas, o candidato afirmou que será um "gaúcho" na presidência da República.
Em seu pronunciamento, Serra disse ainda que o Brasil tem dívidas "impagáveis"com os gaúchos, pelo que fizeram pela agricultura e pelo que sofreram com a política industrial. Serra disse que o Estado ficou marginalizado em relação ao desenvolvimento nacional.
— No que se refere às questões do Rio Grande, vocês vão ter um gaúcho na Presidência — disse o candidato.
Sem citar o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou da outra candidata à presidência, Dilma Rousseff (PT), Serra criticou as relações políticas do governo com as estatais. O presidenciável tucano disse que as direções não servem a empresas públicas, mas a partidos políticos para fins privados.
— Vou estatizar os órgãos públicos — garantiu o candidato.
Ao final de seu discurso, Serra não se definiu entre o apoio às candidaturas de Yeda Crusius (PSDB) e José Fogaça (PMDB) no Estado:
— Um dos dois vai governar o Rio Grande comigo.
A governadora e candidata à reeleição, que esteve no evento, declarou que não é "ciumenta" e gostaria de ver Serra no palanque de outros candidatos ao Palácio Piratini.
Desde o meio dia desta segunda-feira, o candidato era esperado por apoiadores, entre eles, lideranças do PSDB, PP, PPS, DEM, PMN e PMDB. Na abertura do evento, a escritora Lya Luft fez a leitura de um manifesto de apoio à candidatura do presidenciável.
Ainda esta tarde, o candidato à Presidência da República pelo PSDB encontra-se com empresários do setor calçadista de Novo Hamburgo e com a diretoria da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).
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