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 | 23/05/2010 15h22min

Coreia do Sul planeja levar caso de navio afundado ao Conselho de Segurança da ONU

País acredita que Coreia do Norte é responsável pelo naufrágio

A Coreia do Sul planeja levar ao Conselho de Segurança da ONU o caso do afundamento de um navio de sua Marinha e a consequente morte de 46 marinheiros, após acusar o regime vizinho de Pyongyang de ter lançado um torpedo contra a embarcação, informou um porta-voz sul-coreano neste domingo.

O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, deve conceder amanhã um discurso que será transmitido ao vivo para detalhar a resposta de Seul sobre o caso, ocorrido em 26 de março próximo à fronteira entre as duas Coreias.

— Lee apresentará a posição de Seul sobre esse ataque e outros planos, inclusive o de levar o caso ao Conselho de Segurança da ONU para estudar ações internacionais contra a Coreia do Norte — declarou o porta-voz presidencial.

Segundo ele, citado pela agência Yonhap, o presidente "deixará claro que o Sul tomará ações firmes se o Norte fizer qualquer provocação".

Em uma investigação apresentada na quinta-feira passada, especialistas de cinco países asseguraram que há provas concretas de que o navio sul-coreano foi afundado por um torpedo disparado por um submarino norte-coreano.

No incidente, morreram 46 dos 104 tripulantes, na pior tragédia naval ocorrida na Coreia do Sul desde a Guerra da Coreia (1950-1953). O presidente sul-coreano afirmou na sexta-feira que o ataque constitui uma violação do armistício firmado entre os dois países no fim do conflito dos anos 1950.

Apesar das acusações, a Coreia do Norte negou envolvimento no fato e qualificou a investigação de "charada", ameaçando congelar as relações com o Sul, anular os acordos bilaterais e inclusive declarar guerra ao vizinho.

Os Estados Unidos, principal parceiro militar de Seul, definiu o afundamento como "um ato de agressão" por parte de Pyongyang e pediu uma resposta contundente da comunidade internacional.

A China, o único grande aliado do regime norte-coreano, qualificou o fato de "infeliz incidente" e pediu que seja resolvido por meio do diálogo entre os dois países. A postura chinesa é crucial para o caso de o Conselho de Segurança debater eventuais sanções contra Coreia do Norte, já que Pequim tem o poder de vetar resoluções no órgão.

EFE
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