| 15/05/2010 20h02min
O Governo dos Estados Unidos pressionou hoje a British Petroleum em carta dirigida a seu executivo-chefe, Tony Hayward, para que assuma o custo econômico do vazamento de petróleo no Golfo do México e não reclame compensação de fundos públicos.
— Ao ser uma das partes responsáveis pelo incidente, a BP é responsável perante o público americano pela limpeza completa deste vazamento e de todas as perdas econômicas — diz a carta, assinada pelo secretário do Interior, Ken Salazar, e a secretária de Segurança Nacional, Janet Napolitano.
Distribuída pela Casa Branca, a carta afirma que tendo em vista os comentários feitos por seus executivos, o Governo dos Estados Unidos entende que a "BP não pedirá reembolsos dos contribuintes americanos, do Governo dos Estados Unidos ou do Fundo Fiduciário de Obrigações por Vazamentos de Petróleo".
Salazar e Napolitano pedem a Hayward que caso não seja assim, a BP explique publicamente e de maneira imediata "suas verdadeiras intenções".
Diversos diretores da empresa, incluindo o próprio Hayward, disseram que a companhia pagará pela limpeza e pelos danos ocasionados pelo vazamento, inclusive se os custos superarem o limite de US$ 75 milhões estabelecido pela Lei de Contaminação Petrolífera.
— Com base nessas declarações, entendemos que a BP não irá apelar ao limite legal potencial dos US$ 75 milhões para se negar a dar compensação a qualquer indivíduo ou entidade prejudicada — afirmam os dois secretários dos Estados Unidos na carta.
Centenas de milhares de litros de petróleo estão sendo lançados no Golfo do México a cada dia desde 20 de abril, quando uma explosão destruiu a plataforma petrolífera Deepwater Horizon, propriedade da companhia Transocean, que a BP operava.
Salazar e Napolitano disseram que pode se tratar de um dos desastres ambientais mais graves da história dos Estados Unidos.
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