| 14/05/2010 15h48min
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu, nesta sexta-feira, pôr fim à "cômoda relação" entre as companhias petrolíferas e os organismos oficiais reguladores.
Obama se reuniu hoje com a equipe governamental responsável por cessar o vazamento de petróleo no Golfo do México e, logo após, fez um discurso para a imprensa no Jardim da Casa Branca.
O presidente americano, claramente zangado, advertiu que a situação pode se tornar "catastrófica" e se declarou "irado e frustrado" pelo comportamento das companhias petrolíferas.
Obama se referiu aos recentes depoimentos ao Congresso dos responsáveis pelas empresas envolvidas no caso — a British Petroleum (BP), a Transocean e a Halliburton. Segundo ele, as declarações sobre o derramamento, foram um "espetáculo ridículo".
— Não tolerarei mais irresponsabilidade ou que a culpa continue sendo jogada nos outros — disse o presidente.
Obama assegurou que o Governo também compartilha parte da culpa pelo desastre, por ter tolerado durante tempo demais a "cômoda relação" entre as petrolíferas e os organismos reguladores.
Essa relação, segundo ele, permitiu que as companhias petrolíferas recebessem autorização para perfurar sem as garantias necessárias, baseando-se apenas nas promessas de utilizarem métodos seguros. A partir de agora, a norma será "confiar, mas comprovar".
— Vi com meus próprios olhos a ira e a frustração de nossos concidadãos no litoral do Golfo do México afetados pelo derramamento. É uma ira e uma frustração que compartilho como presidente — ressaltou.
Obama disse que, atualmente, a prioridade principal é conter o vazamento do poço a mais de 1,5 mil metros de profundidade.
Mulher toma banho de sol enquanto um grupo de trabalhadores busca resto de petróleo em uma praia no Alabama
Foto:
Larry W. Smith, EFE
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