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 | 13/04/2010 08h28min

Fossati estudou o Emelec durante a viagem

Voo do Inter transcorreu em clima de calmaria

Leandro Behs  |  leandro.behs@zerohora.com.br

A calmaria do Inter na Libertadores e no Gauchão fez com que as seis horas de voo entre Porto Alegre e Guayaquil passassem rápido. Jorge Fossati e a comissão técnica analisaram em DVD o Emelec, o adversário de amanhã, às 19h30min, pela Libertadores. O voo colorado, em avião fretado da Transportes Aéreos Militares Equatorianos, pareceu transcorrer entre os anjos tamanha a paz de espírito que reina no clube. A delegação chegou às 22h.

Só não foi perfeito devido ao atraso na decolagem em Porto Alegre, no aeroporto Salgado Filho. Foram 50 minutos em que a aeronave permaneceu em espera, sem ar-condicionado e num desagradável calorão.

Enquanto o vice-presidente de futebol Fernando Carvalho lia Gomorra, um livro sobre a máfia napolitana, o técnico Jorge Fossati e seus auxiliares, Leonardo Martins e J.J. Rodriguez levaram trabalho para a viagem: analisaram em um DVD portátil os últimos cinco jogos do Emelec, pela Libertadores e pelo Campeonato Equatoriano. Fossati fez diversas anotações.

Menos compromissados, Eller recomendou a Índio e a Alecsandro um livro de piadas para passar o tempo. D’Alessandro e Sorondo assistiram a um filme de ação. Recorreram ao notebook do argentino. Depois, o meia passou a fazer palavras cruzadas.

O goleiro Pato Abbondanzieri se recostou a três poltronas e dormiu o voo todo. Jorge Fossati, Clemer e o auxiliar Leonardo Martins trocaram ideias, enquanto Martins preparou o mate, de erva gaúcha.

De novo a imprensa do Equador assediou Fossati

Compenetrado, Giuliano causou surpresa ao estudar inglês. Ele cursa aulas particulares há um mês e trouxe tema de casa para Guayaquil. Aproveitou a viagem para estudar as partes do corpo, as frutas e frases que aprendeu na aula passada. Abriu o seu notebook e não parou mais de escrever. Em inglês, é claro.

– Aproveito cada momento, de viagem e na concentração, para estudar. Já tinha uma base dos tempos de escola, em Curitiba, mas preciso me aprimorar – disse o meia, sob os olhares curiosos e atentos de Juan e de Sandro.

– Quem deveria estar estudando não está – brincou Juan, apontando para Sandro.

– Vou estudar depois, no hotel, ainda há muito tempo – respondeu o volante, recém-contratado pelo Tottenham e com viagem marcada para a Inglaterra logo depois da participação do Inter na Libertadores.

Na chegada a Guayaquil, a repetição da cena vivida pela delegação no dia 9 de março. Naquele dia, o Inter desembarcou na cidade, antes de seguir para enfrentar o Deportivo na altura de Quito, no dia 11. Dezenas de repórteres equatorianos cercaram Fossati, D’Alessandro, Pato Abbondanzieri e Guiñazu, ou seja, os jogadores de lingua espanhola da delegação. Queriam saber do técnico se havia chance de voltar a treinar a seleção local.

— A tempestade já passou, mas só vou acreditar que o time deu aquela “liga” outra vez se, agora, tivermos uma sequência de quatro ou cinco vitórias — afirmou Carvalho.

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