Como ainda hoje estarei em Rivera para deflagrar a cobertura do jogo contra o Cerro, do Uruguai, na quinta-feira, observei com redobrada atenção o time misto do Inter que empatou com o Veranópolis em 1 a 1 ontem.
Era preciso analisar com qual D'Alessandro o técnico Jorge Fossati poderá contar no estádio Atílio Paiva, que será convertido em Beira-Rio graças aos 20 mil colorados com ingresso já comprado, mesmo sendo o clube de Montevidéu o mandante.
Como se sabe, a renda estimada em US$ 400 mil seduziu os uruguaios a jogar em seu país, mas com um estádio lotado de gaúchos da fronteira. Dinheiro não tem nacionalidade, pensaram eles. Melhor para o Inter.
Bem, mas o fato é que D'Alessandro está pronto. Foi o melhor em
campo no Antônio David Farina. Sofreu pênalti, marcou gol, lançou em profundidade, acertou o passe curto. Está
recuperado da fratura no rosto. A partir do argentino as esperanças coloradas se renovam ao ponto de o jogo de Rivera ser emblemático para o futuro.
Qual Inter veremos em campo: o de Quito, recuado, com medo, só se defendendo, esperando o árbitro apitar para festejar o empate? Ou um novo time, reforçado por D'Alessandro, que, quem sabe, ao lado de Giuliano, fará enfim a bola passar pelo meio-campo?
O sucesso da dupla Giuliano e D'Alessandro é o que de novo o Inter pode apresentar em Rivera para o futuro. A nova escalação é mais ousada por natureza. Se os dois meias de talento e chegada na frente se entenderem, retendo a bola e cadenciando o jogo, as alternativas de ataque sumidas em Quito podem reaparecer: a passagens dos alas, um Alecsandro melhor servido, a ultrapassagem de um volante, o drible seguido de chute do argentino e de Giuliano, quem sabe até um zagueiro se desprendendo.
Com a posse da bola, tudo isso é possível. Só depende de
Fossati. Está nas mãos do técnico uruguaio decidir qual Inter entrará em campo em Rivera para um jogo que pode definir o rumo vermelho na Libertadores.
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