| 09/02/2010 07h11min
O técnico do Inter, Jorge Fossati gosta de Taison. Tem especial carinho por ele. Chega a dizer que tanto pode ser atacante no 3-5-2 como meia no 4-3-2-1 de sua preferência.
- O Taison, para mim, tem muito do meia que chega - costuma dizer Fossati.
Ele está certo. Nas categorias de base, Taison era camisa 10. Jogava como o meia mais adiantado mesmo. Eu mesmo o vi atuando assim, até como capitão do time. Depois do ano passado, quando desatou a marcar gols no primeiro semestre, Taison ficou conhecido apenas como atacante de ofício, daqueles verticais, rumo ao gol.
Fossati quer um Taison mais completo e útil, retornando um pouco às suas origens múltiplas.
É por isso que o uruguaio está empenhado na missão de diminuir o individualismo do camisa 7 do Inter
e torná-lo um jogador mais inteligente. Algo como curar um fominha, no jargão do futebol.
No primeiro tempo contra o Avenida, o ex-técnico da seleção uruguaia se irritou quando Taison, em vez de soltar a bola após receber o passe no lado esquerdo, optou por um segundo drible para dentro. Foi desarmado e matou o ataque do Inter.
Fossati gesticulou, fez careta, caminhou até o banco de reservas e, sem alarde, comentou com Andrezinho e Wilson Mathias, sentados à espera da vez de entrar em campo:
- Ele tem que largar mais a bola.
Reeducar Taison é um desafio pessoal imposto pelo uruguaio que está encantando a todos no Beira-Rio. A direção lhe dá apoio irrestrito na tarefa.
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