Pelo esboço de time do técnico Silas na pré-temporada, em Bento Gonçalves, o lateral-esquerdo Lúcio e o volante Fabio Rochemback deverão conviver com a reserva em 2010.

Juntos, somam em salários mais de R$ 350 mil mensais. Rochemback já era um dos salários mais altos no Sporting, de onde veio. Lúcio também ganhava bem no Hertha Berlin. O problema é que ambos não corresponderam em 2009 e continuam sem dar resposta.

– Dando duro desde o início, eu vou brigar pela vaga no time, sim – contesta Rochemback.

Silas alega que o time está em aberto, apesar da simpatia por Fábio Santos na esquerda e Ferdinando na contenção para a estreia de domingo, contra o Pelotas, pelo Gauchão.

O técnico até elogiou Rochemback, autor de um gol no jogo-treino de terça-feira, contra o São Paulo:

– Ninguém está saindo na frente. Fisicamente, ele (Rochemback) precisa ganhar um pouco mais. É um jogador de Seleção Brasileira.

Com o fracasso de Jadílson e a lesão de Fábio Santos, Lúcio veio em agosto na condição de titular. Campeão gaúcho e vice da Libertadores em 2007, pelo Grêmio, o lateral chegou sob desconfiança em razão da grave lesão no joelho direito, em seu primeiro ano no Hertha Berlin, da Alemanha.

Praticamente uma temporada inteira longe dos gramados, o jogador franzino chegou a pensar em desistir da carreira. O interesse do Grêmio e a chance de retornar ao Brasil mudaram seus planos de última hora.

– Quando cheguei ao Grêmio, estava longe de ser aquele jogador de 2007. Agora, com a pré-temporada, vai ser diferente – confia.

Além de Rochemback e Lúcio, Jonas, artilheiro do ano passado com 24 gols, também começa o ano à espera de vaga, assim como o volante Túlio, titular em 2009, e os recém-chegados, zagueiro Maurício e atacante William.

Diante disso, Souza afirma que o grupo do Grêmio desta temporada está mais forte quando comparado com a equipe do ano passado. Ao menos, no papel.

– Hoje, temos um grupo mais qualificado. Vieram jogadores para dividir a responsabilidade – avaliou o meia, referindo-se especialmente ao trio titular formado por Hugo, Leandro e Borges, antigos colegas de São Paulo.