| 28/12/2009 05h40min
Diego Vara
Curiosa a vida do Grêmio neste fim de ano. Confirmou alguns reforços interessantes para a Copa do Brasil. Borges, Hugo e Leandro são bons jogadores do meio para a frente. Mas nada disso adiantará se Maxi López for embora.
Se o argentino abrir mão dos milhões de euros da Lazio e ficar no Olímpico, o Grêmio entra na Copa do Brasil como favorito. Mas só se ele ficar. Do contrário, não. Aí terá de remontar o ataque de novo, repetindo o mantra de anos anteriores.
Exagero falar em favoritismo com Maxi? É só ver como terminou o Brasileirão. Flamengo, Inter, São Paulo e Cruzeiro estão na Libertadores. O Corinthians também. Quem fez mais do que o Grêmio, tirando estes?
Avaí, que está desmontando o time, a começar pelo técnico Silas e volante Ferdinando, ambos
agora no Olímpico? Palmeiras, em baixa depois de ser líder e sair fora do G-4, com a torcida batendo em Vagner Love? O Atlético-MG do decadente Wanderley Luxemburgo, que não ganha nada há décadas?
Já disse nesta coluna. Centroavante é peça rara no futebol. Quem tem deve mover o universo para não perdê-lo. Ainda mais o Grêmio, que sempre montou times campeões com centroavantes inesquecíveis, cada um ao seu estilo e dentro de suas características: Juarez, Alcindo, André, Nildo, Jardel.
Se for campeão da Copa do Brasil, Maxi López entra para este time. O argentino deve ser a ousadia calculada do Grêmio para 2010.
É claro que vai depender dele. Por mais que o clube abra o cofre, certamente será menos do que a Lazio pode oferecer. Mas só palavras bonitas e fotos da Geral do Grêmio cantando não vão adiantar. É preciso aumentar a proposta salarial. Maxi ganha R$ 220 mil hoje? Que passe a ganhar R$ 330 mil.
Ousadia calculada, quem sabe um pouco de desatino
mesmo, apesar dos R$ 30 milhões a pagar só do condomínio de credores. É disso que o Grêmio precisa para manter Maxi López.
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