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Eleições  | 24/08/2010 19h56min

Palácio do Planalto: fios desencapados, mau cheiro e infiltrações nas paredes sumiram

Após uma reforma que durou 17 meses e consumiu R$ 111 milhões, local volta a abrigar hoje o presidente Lula

Rodrigo Orengo  |  rodrigo.orengo@gruporbs.com.br

No retorno ao antigo gabinete, o mais ilustre inquilino do país irá encontrar salas mais amplas e móveis novos ou reformados. A sala de reuniões, onde o presidente discute as ações do governo com o ministério, recebeu uma mesa oval projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e poltronas concebidas pelo designer Sérgio Rodrigues.

As principais mudanças foram concentradas no quarto andar, onde antes ficavam os gabinetes da Casa Civil. As salas que impediam a vista da Praça dos Três Poderes foram retiradas e um amplo espaço em frente às janelas foi aberto.

A reforma reduziu o número de salas de trabalho da equipe do Executivo, que será realocada nos anexos do palácio. No gabinete presidencial, as modificações foram pequenas. O carpete foi retirado e trocado por um piso de mármore.

Após quatro meses de atraso, a reforma do Palácio do Planalto foi concluída com um valor 42% maior do que o orçado inicialmente. O projeto original previa um investimento de R$ 78 milhões, mas os gastos alcançaram R$ 111 milhões.

De acordo com o diretor de Documentação Histórica da Presidência da República, Cláudio Soares Rocha, a opção por privilegiar o mobiliário exclusivamente brasileiro gerou uma economia de R$ 3 milhões.

Cerca de 600 mesas e cadeiras foram reformadas e doadas pelo Congresso, por ministérios e pelo Tribunal de Contas da União. Duas mesas usadas para despachos do ex-presidente Juscelino Kubitscheck passam a decorar o terceiro piso.

— Nós não temos mais nenhum móvel de origem estrangeira no Palácio. Pelo menos o Palácio do Planalto precisa vender o Brasil — afirmou Rocha.

A mudança mais significativa no projeto original foi a construção de uma saída de emergência, um bloco anexado atrás do palácio que altera consideravelmente os traços de Niemeyer.

O presidente Lula havia solicitado por conta do que chamou de excesso de "puxadinhos e gambiarras". A reforma, contudo, se encerrou a pouco mais de quatros meses do fim de seu governo.

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Celso Júnior, AE / 

No gabinete presidencial foi colocado piso de mármore
Foto:  Celso Júnior, AE


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