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 | 07/05/2010 17h

Petróleo chega perto da costa e aumenta problemas no Golfo do México

Empresa tentará recolher até 85% dos cerca de 800 mil litros jogados nas águas diariamente

As autoridades dos Estados Unidos intensificaram hoje os controles de qualidade de água, ar e as provisões de pescado e marisco após a chegada a costa do vazamento do Golfo do México nesta quinta-feira. Enquanto isso a empresa British Petroleum (BP), concessionária da plataforma afundada no dia 22 de abril, finalizou hoje a instalação de uma enorme caixa com a qual quer recolher grande parte do petróleo que flui para o mar.

A companhia acredita que a estrutura retangular de mais de 12 metros de altura que será instalada a 1,5 mil metros de profundidade vai conseguir recolher até 85% dos cerca de 800 mil litros de petróleo jogados nas águas do Golfo do México diariamente.

Posteriormente, o óleo será bombeado para um petroleiro na superfície através de um encanamento instalado na parte superior da caixa de contenção. O sucesso da operação é chave para frear o impacto da catástrofe, que a Casa Branca catalogou como um "desastre nacional".

Diversas organizações destacaram que a chegada ontem dos primeiros restos de petróleo às ilhas Chandeleur, consideradas um "tesouro" ecológico, complicam ainda mais a já difícil situação.

— Isso acrescentou um sentido de urgência — explicou Jill Mastrototaro, que é especialista em temas ambientais da organização Sierra Club e ajuda a partir de Nova Orleans nas tarefas para minimizar o impacto do vazamento.

Segundo os últimos dados divulgados hoje pelo comando conjunto da BP e do governo dos EUA na Louisiana, mais de 2,5 mil voluntários ajudam nos trabalhos em andamento, que incluem os incêndios controlados de petróleo, o lançamento de químicos dissolventes e a instalação de barreiras flutuantes para conter a mancha e eliminar a água suja.

As autoridades intensificaram os controles e os preparativos para enfrentar as possíveis ameaças à saúde caso o grosso da mancha chegue à terra firme. Margot Stiles, uma bióloga marinha da organização Oceana, explicou que a situação é "muito grave" já que coincide, além disso, com a temporada de reprodução de muitos peixes.

Stiles assinalou que se a mancha desembarcar totalmente no litoral danificará "os mangues, as algas, as ostras e também as tartarugas e aves que ficam na região", mas insistiu que o impacto será sentido também na fauna marinha em alto-mar, como golfinhos e baleias.

EFE
Nuvem Esperança

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