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 | 06/05/2010 19h53min

Empresa começa trabalhos para conter petróleo no Golfo do México

Guarda dos Estados Unidos confirmou hoje que a mancha de petróleo tocou pela primeira vez terra firme

A empresa British Petroleum (BP) iniciou nesta quinta-feira os preparativos para a instalação de uma enorme estrutura de aço e cimento sobre os pontos de vazamento da plataforma no Golfo do México, que despeja quase 800 mil litros diários de petróleo no mar.

Ao mesmo tempo, a Guarda Litorânea dos Estados Unidos confirmou hoje que a mancha de petróleo tocou pela primeira vez terra firme nas ilhas Chandeleur, onde vivem pelicanos e gaivotas.

As primeiras manchas foram detectadas nas praias da ilha Freemason, no extremo sul das ilhas Chandeleur, segundo o Comando Unificado, a coalizão que agrupa a Guarda Litorânea, a BP e as autoridades federais e estaduais que trabalham para conter o petróleo despejado.

O domo tem um encanamento na parte superior por meio do qual o petróleo seria bombeado para uma embarcação na superfície, a qual teria capacidade de acumular até 128 mil barris de petróleo (20,4 milhões de litros).

Caso o sistema funcione, poderia recolher até 85% do combustível que vazou, segundo a BP. A caixa de pouco mais de 12 metros de altura será instalada a 1.500 metros de profundidade com a ajuda de um guindaste e um robô submarino dirigido por controle remoto.

A estrutura chegou hoje à região após uma lenta travessia que começou na noite passada no litoral do estado americano da Louisiana e terminou nesta manhã a 80 quilômetros em alto-mar, no local onde estava a plataforma operada pela BP que afundou em 22 de abril, dois dias depois da explosão que vitimou 11 pessoas.

A BP, que anunciou nesta semana que assumirá a milionária fatura da limpeza do vazamento, sustenta que a caixa é a melhor alternativa no curto prazo para frear o vazamento.

Imagens de satélite registradas hoje mostram como a mancha, cuja superfície já tem quase a mesma área que a ilha de Porto Rico, está ficando com tons ferruginosos ao se misturar com as águas do golfo do México.

No entanto, o sucesso da operação está longe de ser garantido, já que é a primeira vez em que uma caixa do gênero enfrentará grande pressão.

— Não sabemos com certeza se o equipamento funcionará — reconheceu na terça-feira Bill Salvin, porta-voz da BP.

A diretora do serviço de guarda costeira dos Estados Unidos, contra-almirante Mary Landry, tentou diminuir as expectativas hoje ao apontar que, embora todos esperem que a caixa funcione, "é preciso lembrar que o sistema é o primeiro deste tipo a ser usado a 1.500 metros de profundidade".

Os trabalhos para a instalação da estrutura criada pelos engenheiros da BP fazem parte de um amplo esquema iniciado para controlar o vazamento.

A secretária de Segurança Nacional dos EUA, Janet Napolitano, lembrou hoje em entrevista coletiva que há mais de dez mil pessoas trabalhando na região do golfo do México para proteger a costa e a vida selvagem.

Ao mesmo tempo, 270 embarcações trabalham no local na mancha para controlar o vazamento, extrair petróleo da superfície marinha e realizar queimas controladas.

— Isso vai além das dúzias de aviões, veículos operados de forma remota e várias plataformas móveis de perfuração em alto-mar — listou Napolitano, em referência ao equipamento instalado para abrir um poço adicional, interceptar e fechar de forma definitiva o poço agora aberto.

A titular de Segurança Nacional americana informou que quase quatro milhões de litros de água impregnada de petróleo foram recuperados e que mais de 900 mil litros de produtos químicos foram usados para dissolver o petróleo à medida que sai do poço e impedir que chegue à superfície.

O governo dos EUA aprovou também o deslocamento de 17,5 mil membros da Guarda Nacional para os estados de Louisiana, Alabama, Mississipi e Flórida, os mais ameaçados pelo vazamento.

EFE

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