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 | 08/09/2009 05h30min

Está na hora da sacudida no vestiário do Grêmio

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br


 Jefferson Botega








Sei que é uma comparação polêmica. Quase tudo que envolve Inter e Grêmio ganha matizes explosivos na Província de São Pedro. Mas não me ocorre outro exemplo próximo no tempo e no espaço.

Está na hora de os dirigentes do Grêmio darem uma sacudida no vestiário do Olímpico como Fernando Carvalho fez no Beira-Rio.

A cada dia surge uma declaração com uma ponta de ironia na entrevista coletiva depois do treino, quando não é bate-boca público mesmo, caso de Souza e Tcheco (foto) no episódio da falta de pegada fora de casa. E não é de hoje.

O ciúme do capitão ao carimbar Maxi López de queridinho da torcida foi só o primeiro episódio. Agora é o desentendimento de Jonas e Tcheco no vestiário, após o empate em 1 a 1 com o Vitória, como revela o repórter Luís Henrique Benfica na edição de hoje de Zero Hora.

Se o Grêmio começar a se perder em recados, alfinetadas e desavenças, aí mesmo é que não vai alcançar o G-4 e garantir vaga na Libertadores.

Claro que o empate com o Vitória, da forma como aconteceu, com o time jogando mal e merecendo a derrota, abalou o ambiente. Mas também não é motivo para pânico. O título ficou quase impossível diante da distância de 11 pontos para o líder Palmeiras. Isso é fato. Só que a vaga na Libertadores é possível.

O Grêmio (33) está a seis pontos do Goiás (39). Basta ganhar do Náutico nos Aflitos e a equipe de Autuori já vai de novo para a rodada no Olímpico, quem sabe, para encostar no G-4.

Mas para isso, antes de discutir se Túlio deve voltar ao meio-campo ou Rochemback apenas entrar no lugar de Adilson, antes das questões táticas e dos debates sobre a melhor forma de construir a primeira vitória longe do Olímpico, é preciso os dirigentes exigirem foco, disciplina, menos conversa fora do lugar.

Não é só do treinador esta tarefa. Autuori fez a sua parte proibindo discussões após o bate-boca de Souza e Tcheco sobre a pegada.

Quando as desavenças se sucedem como está acontecendo no Grêmio, é hora do dirigente.

Ou o Grêmio vai unido rumo ao G-4, deixando de lado eventuais fissuras, mesmo que nem tão graves assim, ou o ano vai terminar com a Sul-Americana.



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