| 31/05/2011 18h
Atualizada às 19h
Falcão concedeu uma entrevista coletiva “tensa” de 41 minutos na tarde desta terça-feira. O treinador foi intensamente questionado sobre as declarações de que o “Inter não teria grupo para ser campeão” do Brasileirão. E reiterou o que disse.
– Fui bem claro naquele dia e não mudo uma vírgula do que falei – afirmou. – Esse Inter sempre foi muito criticado pela imprensa. Não posso ser hipócrita e dizer que o time é melhor que o Milan, Barcelona. A gente não pode fantasiar. Sou extremamente correto com o grupo. Em nenhum momento houve reclamação. Vamos perder muitos jogadores para seleções. Precisa-se de grupo para pelo menos tentar vencer um campeonato – discursou.
O tempo todo, Falcão lembrou o campeonato Gaúcho conquistado pelo Inter dentro do Olímpico. Para o treinador, o que incomoda são as interpretações por parte da imprensa. Ele prometeu, inclusive, mudar o tratamento com jornalistas.
Como exemplo, o treinador lembrou o caso de Oscar. Disse que foi veiculado na imprensa que estava tentando transformar o meia em um “Caçapava”. E chamou esse jornalismo de mau caratismo.
– Disse na entrevista de domingo que o Oscar era um jogador de qualidade, mas precisava de um reforço. Vi gente falando que eu queria transformar o Oscar no
Caçapava. Isso é mau caratismo e não jornalismo. Talvez fosse melhor falar menos. Como fui amigo de vocês, achei que pudesse ter uma conversa mais ampla, mais
tranquila. As pessoas estão transformando declarações que não são reais. De repente eu tenha que mudar – comentou.
>>> Confira como foi a coletiva de Falcão
As declarações de Falcão para a Rádio Gaúcha causaram certo mal-estar entre ele e o vice de futebol Roberto Siegmann. O dirigente reiterou a confiança que tem em cima do grupo colorado.
Para tentar explicar essa discordância com Siegmann, o treinador usou a “família” como exemplo. Disse que cada integrante sempre tem a sua forma de pensar, mas que o objetivo é o mesmo.
– Não tive avô. Em uma família, um avô pensa de um jeito, o tio de outro, o pai também. Mas todos querem a mesma coisa. E não significa que esteja puxando para um
lado ou outro. Não tem nenhuma necessidade de alguém concordar com alguém. E é assim. Não é só no Inter. Todas as pessoas que estão na mesma empresa tem que buscar o resultado final – afirmou.
Clima tranquilo entre os jogadores
Se alguém esperava um clima pesado entre os jogadores, se enganou. Muitos risos e brincadeiras no grupo – longe de um ambiente de crise.
O que se viu foi um Falcão mais sério do que o normal. Passou boa parte ao lado das goleiras, enquanto Julinho Camargo passava o treinamento técnico.
Ao final, autografou camisetas para crianças e deixou sozinho o gramado suplementar. Levou outros 10 minutos para aparecer na sala de imprensa, quando começou a cerca tensão. Antes de começar a falar, pediu água para resfriar a garganta.
No domingo, o Inter enfrenta o América-MG. Se vencer, Falcão ganhará ânimo para seguir o trabalho. Caso saia derrotado, a pressão aumentará. Até então, o treinador garantiu que nunca sentiu o cargo ameaçado.
– Em nenhum momento me senti ameaçado. A cobrança á acentuada. Temos que insistir no trabalho – finalizou.
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