| 12/05/2011 07h42min
Fortes críticas internas recaem sobre Paulo Roberto Falcão em seus 30 primeiros dias de Beira-Rio — com a eliminação na Libertadores e a derrota no Gre-Nal das finais do Gauchão. O técnico, que não exercia a função há 15 anos, estaria encontrando alguma dificuldade em readaptar-se ao dia a dia de um vestiário. Os jogadores gostariam de ver maior energia no comandante.
Falcão caiu no agrado do grupo, mas os atletas querem vê-lo mais vibrante à beira do gramado. A diferença de comportamento entre ele e Renato ficou evidente na vitória do Grêmio por 3 a 2. O Inter vencia o clássico e o técnico gremista só faltava invadir o campo, ora xingando a arbitragem, ora cobrando seus jogadores. Já Falcão parecia impassível dentro de seu alinhado blazer. Pior: a cada gol do Grêmio, refugiava-se na casamata. Demorava a reagir. Há a exigência de um pulso firme. Abel, Muricy e até Roth são citados como exemplos desta energia no Beira-Rio.
Técnico sofre críticas internas por deixar a defesa exposta
Mas a avaliação sobre Falcão nos bastidores vai além. Ainda que o período de trabalho seja considerado escasso, ele é cobrado pela montagem de uma equipe que deixa a defesa exposta. Reveladas as escalações do Gre-Nal, houve o temor em determinados camarotes do Beira-Rio que Rochemback tivesse liberdade para jogar, que Bolatti fosse um marcador isolado e que a zaga mantivesse a linha de impedimento.
Desde a derrota para o Peñarol, o vice de futebol Roberto Siegmann tem sido o amparo de Falcão. Vem ajudando o técnico nas conversas individuais com as lideranças do grupo. Falcão estaria se sentindo só, ainda sem referências no vestiário.
Na segunda-feira de folga, Falcão trabalhou. Estava angustiado com a derrota no clássico e rumou para a sua sala, anexa ao vestiário. Lá, analisou números dos seus sete jogos no Inter. Em seguida, recebeu uma ligação de Siegmann. O dirigente queria conversar, projetar o futuro no Gauchão e, sobretudo, no Brasileirão.
Falcão e Siegmann viram nassemelhanças derrotas para Peñarol e Grêmio
Às 18h15min, Siegmann desembarcou no estádio. Na sala de Falcão, conversaram por três horas. Analisaram os desempenhos e viram semelhanças nas derrotas para Peñarol e Grêmio. Da desatenção à falta de compactação e buracos entre meio-campo e defesa. Também alinhavaram as conversas com as lideranças.
Internamente, há cobrança por vitória no Olímpico. Mas não exatamente pelo título. Saiba mais na edição desta quinta de Zero Hora.
Vitória no Gre-Nal de domingo, mesmo sem a taça do Gauchão, serviria para devolver um mínimo de confiança ao time de Falcão
Foto:
Diego Vara
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