O técnico do Inter, Paulo Roberto Falcão, fez o que pôde para dar fim ao mal-estar que se criou após a declaração dada neste domingo, após a derrota para o Grêmio no Beira-Rio. Na entrevista coletiva após o treino da manhã desta terça, Falcão explicou o motivo das declarações dadas sobre a linha de impedimento.

— A herança não necessariamente é algo ruim. Normalmente é algo bom. Certamente quem me substituir aqui no Inter receberá uma herança — disse o técnico, que reiterou que, em nenhum momento citou Celso Roth. — A herança pode ser algo de até 10 anos atrás. Em 93, eu fazia (linha de impedimento), na época em que se podia fazer. Com as mudanças, ficou complicado.

No domingo, Falcão reclamou de uma tentativa de linha de impedimento da zaga colorada no lance do terceiro gol do Grêmio, marcado por Júnior Viçosa. Segundo ele, devido a uma "herança" do antigo treinador. No caso, Celso Roth.

— Quando empatamos, tentamos fazer uma linha de impedimento, uma herança que não é minha, mas assumo a responsabilidade. É outra coisa que teremos que tirar — disse o treinador.

Em resposta, o auxiliar de Roth Beto Ferreira enviou um e-mail ao repórter da Rádio Gaúcha, Filipe Gamba, que divulgou a mensagem no programa Esportes ao Meio-Dia nesta segunda.

"O Celso nunca treinou linha de impedimento com a bola em movimento, muito pelo contrário ele é contra. Só fazíamos a linha na falta lateral e nunca tomamos gol por isso. Ele está há um mês no comando e era comentarista e não viu isso? Nós perdemos apenas um jogo em casa e quando não valia nada, que foi para o Avaí, véspera da viagem para o Mundial. Falar isso é falta de ética, é imoral. Nós assumimos do Fossati e sempre fizemos elogios a ele", diz a mensagem.

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