| 07/05/2011 19h26min
Mesmo distante de sua terra, a Chapecoense vai contar com a energia dos índios, que vão mandar fluidos positivos para o Sul do Estado neste domingo, dia 8, na final do Campeonato Catarinense com Criciúma.
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Na Aldeia Kondá, entre 25 e 30 indígenas vão acompanhar a partida na casa de Mateus Pedroso, uma das lideranças da comunidade. Mateus, inclusive, fez um ritual para ensinar os guerreiros da Chapecoense a “caçar o Tigre”.
Primeiro, ele convidou o cunhado Antonio de Paula para preparar o "Bolo na Cinza", tradicional alimento Kaingang que fortalece os guerreiros. Depois fez uma dança para impedir que a fera ataque os guerreiros.
— O Tigre vai querer pular no índio e é preciso driblá-lo — alertou.
Pedroso avalia que, no primeiro jogo, a tática é cansar o felino.
— Não pode deixar ele escapar, temos que cercar o bicho — ensinou.
Tudo para, no segundo duelo, dar a flechada mortal.
— Aqui ele não escapa, pois já matamos o Coelho e também o Leão — compara o torcedor do Verdão.
Para o Kaingang, o time da Chapecoense tem uma força extra quando atua no Índio Condá, pois lá era terra onde moraram seus antepassados.
— Aqui é terra indígena, o nome do estádio é indígena, e por isso eles têm garra para ser campeões — acredita.
Ele considera que o time da Chapecoense incorpora um pouco do espírito guerreiro dos Kaingangs.
Mateus conta que, assim como seu povo lutou para conseguir as terras onde hoje moram 180 famílias, o time batalhou para chegar à decisão.
No segundo jogo da final, ele pretende reunir 10 indígenas com cocar e flechas e ir para o estádio.
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