| 15/03/2011 10h04min
O Grêmio não vai bem pelo alto. Enquanto Renato busca obstruir a via aérea de sua defesa, um de seus principais zagueiros tenta desobstruir as vias aéreas superiores para voltar aos gramados.
O diagnóstico foi dado logo no início do ano. O time do Grêmio leva muitos gols de cabeça. Para corrigir os problemas, Rodolfo veio da Rússia. Para angariar fundos, Paulão se bandeou para a China. Homem de confiança de Renato, Vilson caiu num treino e ainda não voltou.
Há um mês, Vilson assustou seus companheiros ao desmaiar durante recreativo. O jogador ficou desacordado por alguns segundos e foi levado ao hospital. Mais tarde, diagnosticou-se uma traqueíte, uma infecção bacteriana que dificulta a respiração.
— Esse tipo de recuperação tem evolução lenta. Deve demorar mais uns dez dias — explica o médico Paulo Rabaldo, antes de exame que será realizado na próxima semana.
Por isso, o atleta não estima prazo para retornar. Apenas cumpre as determinações médicas para restituir sua condição física.
— Prefiro fazer de tudo para voltar o mais rápido possível. Fiquei chateado com a situação, porque eu queria estar à disposição. Estou buscando meu espaço desde o ano passado. Cheguei com o contrato de empréstimo e com o sonho de permanecer no Grêmio. É uma pena não poder estar jogando, mas tento não pensar muito nisso. Só penso em voltar logo.
Até o problema de saúde, Vilson era um dos jogadores mais utilizados por Renato, alternando entre as funções de zagueiro e volante. Embora se abstenha de expressar posição preferencial, o atleta confessa familiaridade maior com sua função original.
— Eu sou zagueiro de origem, então os movimentos saem com mais naturalidade nessa função, até no que diz respeito à ocupação de espaço. Mas me adaptei bem como volante e acho que consegui contribuir com o time. Não escolho posição. O Renato sabe o que é melhor para o grupo. Estou sempre à disposição para o que for preciso.
Uma das grandes críticas ao time do Grêmio em 2011, a bola aérea não preocupa o zagueiro:
— Todo início de temporada é marcado por altos e baixos. O time também está mudando em função das duas competições que estamos disputando. Acho normal que o entrosamento não seja igual ao do time que terminou a temporada passada, mas estamos nos ajustando.
O início irregular no ano transparece no começo dos jogos. Mas os 2 a 0 na final da Taça Piratini não esmoreceram o ânimo de Vilson, que assistiu angustiado à partida. De acordo com ele, não dá para duvidar de um time movido à esperança do início ao fim dos confrontos.
— Sempre digo que é mas difícil encarar o jogo do lado de fora. Eu estava no estádio Olímpico e torci muito durante o tempo normal. Depois desci para falar com os jogadores antes dos pênaltis e festejei o título com eles quando veio a vitória. Mas durante a bola rolando, sofri bastante. Se duvidei do empate? Nunca! Aprendi com o tempo que nunca se pode duvidar do Grêmio. Enquanto houver esperança, esse time vai lutar. Me identifiquei muito com o clube porque também tenho esse espírito, de não se entregar nunca.
Com antibióticos e fisioterapia respiratória, Vilson busca a condição ideal para inspirar a confiança do técnico. Quanto antes o jogador corrigir sua via aérea, mais cedo poderá reforçar a do Grêmio.
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