| 07/02/2011 15h22min
Apesar de estar respondendo bem ao tratamento, o piloto polonês Robert Kubica, da Lotus Renault, terá que ser submetido a mais cirurgias após sofrer um acidente grave durante uma prova de rali em Andora, na Itália, no último domingo. O diretor de ortopedia do Hospital Santa Corona, Francesco Lanza, explicou nesta segunda-feira que a primeira intervenção foi para preservar a funcionalidade da mão do piloto, quase esmagada no acidente, e estabilizar a perda de sangue.
— O paciente vai ter que passar por mais cirurgias. Não só nas partes já tratadas, mas também por outros problemas e traumas que ele sofreu, para os quais não pudemos tratar por causa da emergência. O importante foi estabilizar o paciente e curar os grandes ferimentos — explicou.
Cirurgião Igor Rossello (E) e empresário de Kubica divulgam boletim médico (Foto: La Presse, AP)
O cirurgião especialista em mão que atendeu o polonês, o médico Igor Rossello, explicou os procedimentos adotados na primeira cirurgia do piloto. A mão direita foi uma das partes mais afetadas e, por isso, foi a primeira a ser tratada e já não corre mais risco de amputação.
— Nossa primeira prioridade foi manter o membro vivo e esse objetivo alcançamos. A mão está quente, vascularizada e não está inchada. A segunda parte foi uma reestruturação da anatomia do membro, desde os tendões. Depois mudamos para o preenchimento das funções nervosas e conseguimos recuperar os dois principais membros da mão, que foram separados — contou.
Piloto polonês sofreu múltiplas fraturas, principalmente nos membros (Foto: Silvio Fasano, AP)
Na manhã desta segunda-feira, Kubica foi retirado do coma induzido por alguns minutos. Nesse período, o polonês teve uma breve conversa com o seu empresário, Daniele Morelli, e reconheceu membros de sua família, além de ter sido submetido a um teste para verificar suas funções vitais. O piloto também fez pequenos movimentos com os dedos.
— Hoje eu mediquei Robert e a mão está, até o momento, em boas condições e permitiu ao paciente fazer movimento simples com os dedos, o que nos deu esperança. Vamos ver como isso vai evoluir. Até o momento é difícil fazer previsões — completou Rossello.
Skoda Fabia dirigido por Kubica se chocou com um muro de uma igreja (Foto: Roberto Ruscello, AP)
Assim que sair da Unidade de Terapia Intensiva, Kubica precisará de pelo menos um ano de fisioterapia para voltar a competir, isso se não houver complicações. Só as fraturas na perna vão demorar de três a quatro meses para cicatrizar completamente, informaram os médicos.
Com Kubica fora da temporada 2011 da Fórmula-1, a Lotus Renault já procura um substituto para o polonês. A vaga no cockpit seria herdada pelo brasileiro Bruno Senna, piloto de testes da equipe. Mas o chefe do time, Eric Boullier, já afirmou à rede de TV BBC que vai buscar um piloto experiente para a vaga. O finlandês Kimi Raikkonen, que atualmente disputa o Mundial de Rali, é o mais cotado.
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