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 | 20/10/2010 14h40min

Boa campanha na Série B reestabele confiança da torcida do Figueirense

Fãs apoiaram o time do primeiro ao último minuto diante do Bahia

Felipe Albertoni  |  felipe.albertoni@rbsonline.com.br

Se no início da temporada os fãs estavam ressabiados com o time por causa da campanha na Série B do ano passado, o Figueirense vai começar o mês de novembro desfrutando da confiança total da torcida. Mais de 10 mil torcedores compareceram ao Orlando Scarpelli na última terça-feira para acompanhar a vitória por 1 a 0 sobre o Bahia, e os cantos de apoio à equipe não pararam um minuto sequer durante os 90 minutos.

>>> Assista ao gol de Figueirense 1 x 0 Bahia

— Vai ser 2 a 0 para o Figueirense, com gols de Reinaldo e Juninho. E o Figueirense vai subir para a Série A — empolgou-se Bruno Thiesen (sem parentesco com o volante do Avaí), 12 anos, antes do apito inicial.

Bruno não era o único torcedor seguro de que o Alvinegro iria bater o Tricolor Baiano. Certeza que, aliás, extende-se também para a conquista do acesso.

— O jogo está ótimo. Faltou um pouco de calma na finalização, mas o Figueirense vai vencer — garantiu Andrey Hermes, o "Pudim", de 26 anos, logo após o fim do intervalo.

— Vamos ganhar do Icasa e depois contra o Sport comemorar o acesso — completou.

Para Krystiano Michels, 25 anos, a única nota de "tristeza" na temporada é o possível rebaixamento do Avaí para a Segundona:

— A gente até queria que o Avaí ficasse na Série A para ter clássico no ano que vem, mas não vai dar. Depender de jogador dispensado do maior rival por deficiência técnica não dá — brincou Michels, referindo-se ao atacante Roberto.

Paixão que começa cedo

Apesar de brincar e correr pelas arquibancadas mais do que propriamente assistir ao jogo, a jovem Júlia Vieira, 10 anos, era uma das mais empolgadas com a campanha alvinegra na Série B. Apostando em um triunfo por 3 a 1 antes da partida, a estudante lembrou de um fato curioso quando foi ao Orlando Scarpelli pela primeira vez:

— Lembro que vim para o estádio pela primeira vez com 3 ou 4 anos. Era um jogo do Figueirense, mas tive que ficar na torcida do Criciúma por causa do meu pai. Não foi muito legal — brincou.

— O pai bem que tentou fazer ela torcer para o Criciúma, mas como ela mora comigo não teve jeito. Ela é Figueirense mesmo — declarou satisfeita a mãe de Júlia, a gerente comercial Dora Ventura.

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