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 | 09/10/2010 20h25min

Sob comando de Jonas, Grêmio reage e busca empate contra o Vasco

Artilheiro fez dois gols e ajudou o Grêmio a chegar aos 3 a 3 em jogo quase perdido em São Januário

Lucas Rizzatti  |  lucas.rizzatti@zerohora.com.br


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Depois de estar perdendo por 3 a 1 em São Januário, o Grêmio mostrou personalidade num segundo tempo quase perdido, carregado do ar pesado da derrota. Com dois gols de Jonas e um de Gabriel, o time de Renato empatou com o Vasco, mantendo sua perseguição ao G-3. Mesmo com um futebol turvo, pouco criativo e sendo envolvido durante a maioria do embate, o Grêmio ratificou a sua boa fama de imortal para somar o seu 43º ponto e seguir sonhando com a Libertadores.

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Ouça os gols do empate no Rio
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Vasco incha meio-campo e perturba Grêmio

Com uma proposta agressiva, o Vasco impediu, desde o primeiro minuto, que o Grêmio realizasse suas jogadas mais fortes, como a triangulação pela esquerda entre Lúcio, Fábio Santos e Douglas. Somada a essa postura adiantada, PC Gusmão recheou o meio-campo, tendo apenas um atacante de ofício à frente, o movediço Éder Luís. Zé Roberto recuava para próximo de Felipe e os vascaínos acabavam por levar superioridade na faixa intermediária do gramado.

Assim, o Grêmio demorou 10 minutos para preocupar Fernando Prass. Lúcio chegou à linha de fundo, costurou a zaga, mas chutou na rede, pelo lado de fora. Em compensação, o Vasco arriscava sempre que podia, sobretudo com a perna esquerda poderosa do experiente Felipe. Éder Luís também testou Grohe, aos 14 minutos e encontrou o travessão. Um minuto depois, o participativo Zé Roberto foi ao meio para lançar com perfeição o mesmo Éder Luís. Agora, com apenas o goleiro como entrave, colocou o Vasco em vantagem.

Apesar do gol, o Grêmio não se assustou e seguiu tentando impor seu jogo. Aos 17 minutos, Jonas chegou ao fundo, cruzou e André Lima cabeceou para as redes. No entanto, o lance foi anulado pelo assistente, alegando um duvidoso impedimento. Mesmo organizado, o Grêmio pouco mais criou, sobretudo devido à ineficiência do meio-campo, soterrado pelo envolvente setor vascaíno. Já o Vasco entendeu muito bem o recado trazido pelo seu próprio tento e intensificou a movimentação de Éder Luís, bem como os lançamentos agudos para o atacante.

E, na combinação entre transição veloz do Vasco e lentidão dos zagueiros e volantes tricolores, novamente Zé Roberto estendeu a bola até Éder Luís, que só não marcou seu segundo gol na noite carioca porque Marcelo Grohe fez uma defesa digna do melhor Victor que já se viu no Olímpico.

Mestre Jonas descobre o empate

Dois minutos depois, o castigo a Éder Luís emergiu dos pés de Jonas, que mostrou como se faz gol. Não é para menos, já que Jonas contava com 17 gols no Brasileirão. Aos 40, ao driblar com o corpo o defensor Cesinha, Jonas alcançou o 18º gol. Um golaço, num forte chute no ângulo de Prass.

Quando o Grêmio já imaginava descer ao vestiário com a igualdade, a defesa gremista, mais uma vez, entrou em pane. Primeiro, com marcação frouxa, deixou o zagueiro Dedé escorar. Com mais liberdade ainda, Cesinha cumprimentou as redes: 2 a 1.

Destemido, Renato abre o time

No segundo tempo, precisando do gol de empate, o Grêmio seguiu embaraçado na boa marcação do meio-campo vascaíno. A Renato, cabia ousar. Para isso, sacou o opaco Ferdinando e lançou mão de Diego Clementino.

Todavia, com velozes contragolpes, era o Vasco que colecionava as melhores chances. Aos 24 minutos, em novo lance polêmico contra os gaúchos, o árbitro Alício Pena Júnior apontou falta técnica na risca da área. Felipe Bastos cobrou e a infelicidade contemplou Grohe, com um desvio em Vilson: 3 a 1.

Apesar da entrada de Diego, quem tratou de recolocar o Grêmio na partida foi ele, claro, Jonas. Depois de envolvente combinação com André Lima, Jonas chegou em frente a Prass e marcou seu 19º gol na competição.

Diego Clementino, o talismã

A partir de mais uma consagração de Jonas, o jogo começou a ser preenchido com episódios dramáticos. O Grêmio se soltou ao ataque e ofereceu o seu campo descoberto aos habilidosos vascaínos. Com Grohe em boa jornada e contando com a falta de pontaria alheia, o Tricolor se segurou com galhardia na defesa.

Na frente, Diego Clementino fez jus a sua recente fama de talismã azul. Aos 39, fuzilou de cabeça para milagre de Fernando Prass. Aos 43, aproveitou lançamento ímpar de Paulão, chegou à linha de fundo e, com um leve toque, deixou Gabriel na cara do milagreiro vascaíno. Desta vez, só se Prass tivesse quatro mãos para chegar à bomba do lateral tricolor: 3 a 3, e um empate com a cara do Grêmio, para manter a boa fase e o sonho da Libertadores.

Próximo jogo

Sem compromissos no meio da semana, o Grêmio recebe no Olímpico, às 16h de domingo, o Cruzeiro, adversário direto na luta para chegar ao G-3.

Gols: Eder Luis aos 15, Jonas aos 41 e Cesinha aos 47 minutos do primeiro tempo; Felipe Bastos aos 24, Jonas aos 28 e Gabriel aos 43 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Fábio Santos, Rafael Marques, Gilson, Paulão (Grêmio); Dedé, Jumar (Vasco)
Estádio: São Januário, no Rio de Janeiro
Público: 13.651 presentes / 10.743 pagantes
Árbitro: Alício Pena Junior (MG), auxiliado por Helberth Costa Andrade (MG) e Guilherme Dias Camilo (MG).
VASCO GRÊMIO
Fernando Prass, Fagner (Irrazábal), Dedé, Cesinha e Ernani; Jumar, Rafael Carioca (Rômulo), Fellipe Bastos e Felipe (Allan); Zé Roberto e Éder Luís. Marcelo Grohe; Paulão; Rafael Marques e Vilson; Gabriel, Ferdinando (Diego Clementino), Lúcio (Edilson), Douglas e Fábio Santos (Gilson); Jonas e André Lima
Técnico: Paulo César Gusmão. Técnico: Renato.
 

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