| 07/09/2010 08h10min
O feriado de Sete de Setembro reservou para o basquete brasileiro um dos mais emblemáticos duelos entre a seleção e sua maior rival na América do Sul. A partir das 15h (horário de Brasília) desta terça, Brasil e Argentina se enfrentam em partida que vale vaga nas quartas de final do Mundial da Turquia. O vencedor enfrenta Lituânia ou China – as equipes se enfrentam às 12h do mesmo dia.]
O blog Zona Morta acompanha o duelo a partir das 15h
A partida vai marcar alguns duelos particulares, especialmente entre os pivôs. Os titulares do garrafão nos dois lados são jogadores da NBA: os brasileiros Tiago Splitter (San Antonio Spurs) e Anderson Varejão (Cleveland Cavaliers), e os argentinos Luis Scola (Houston Rockets) e Fabricio Oberto (Washington Wizards).
Splitter vem sendo o jogador mais regular da seleção brasileira. As características do jogador são bem definidas nas palavras de João Camargo, treinador do pivô nos tempos de Ipiranga de Blumenau:
– O grande diferencial é que, desde garoto, ele tem uma leitura muito clara do jogo. Percebe ações ofensivas que pode realizar e antevê algumas situações.
Com média de 29 pontos por partida, Scola vem sendo uma das sensações do Mundial. Para quem esperava um duelo particular entre ele e Splitter, amigos desde os tempos em que defenderam o Tau Cerâmica-ESP, o catarinense já avisou: será Anderson Varejão o responsável por marcar o astro argentino. Em entrevista por telefone ao clicEsportes, João Camargo afirma que faria o mesmo no lugar de Rubén Magnano.
– Para marcar o Scola, ele (Splitter) precisaria de muita aplicação, e atacaria pouco. Seria uma maneira de poupá-lo, para atacar mais – explica o treinador, que acredita em uma vitória brasileira. – Estamos merecendo ficar entre oito melhores do Mundo e, quem sabe, alçar uma condição de chegar entre os quatro.
A partida reservará outro duelo particular de nível de NBA, entre o ala-armador Leandrinho (Toronto Raptors) e o colega de posição Carlos Delfino (Milwaukee Bucks), um dos destaques da equipe.
Briga pela hegemonia
Além da classificação, a vitória tem seu valor simbólico. A partir do vice-campeonato mundial em 2002 e da conquista do ouro olímpico de 2004, a Argentina vem sendo considerada a maior potência do esporte América do Sul. E um dos grandes responsáveis pelas vitórias do país vizinho agora veste verde-amarelo: o técnico Rubén Magnano.
– É como pregar e tirar o prego depois, sempre fica uma marca. As sensações que uma pessoa vive, as experiências, não podem ser apagadas – diz o agora comandante brasileiro, lembrando os bons momentos ao lado dos ex-comandados.
Agora, o Brasil conta com Magnano para tentar retomar a hegemonia no continente. No ano passado, a equipe então treinada por Moncho Monsalve, superou a Argentina durante a campanha que culminaria no título da Copa América. Uma nova vitória seria importante, já que a equipe argentina agora conta com dois jogadores que desfalcaram na ocasião: Oberto e Delfino.
Irregularidade
O Brasil vem fazendo um Mundial de altos e baixos. Depois de vencerem os frágeis times do Irã e da Tunísia sem empolgar, os comandados de Rubén Magnano foram o único time do campeonato a enfrentar os Estados Unidos de igual para igual, perdendo por apenas dois pontos com Marcelo Huertas perdendo a chance de fazer a cesta da vitória e Leandrinho por pouco não levando o duelo para a prorrogação. A equipe decepcionou diante da Eslovênia, mas cresceu e venceu bem a Croácia.
Devido ao desfalque de Anderson Varejão nos primeiros jogos, a seleção brasileira não conseguiu manter o quinteto inicial durante a competição. Nos dois primeiros compromissos, Magnano escalou Guilherme Giovanonni no lugar do Cleveland Cavaliers. O campeão do NBB pelo Brasília deixou a equipe para dar lugar a Marquinhos, que ajudou a equipe a confrontar os Estados Unidos.
CLICESPORTES
Splitter e Scola são protagonistas do clássico sul-americano
Foto:
Mustafa Ozer, AFP; Behrouz Mehri, AFP
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