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Foi com essas frases que Paulo Odone oficializou sua candidatura à presidência do Grêmio para a eleição de outubro: "Não sou de fazer fantasia. Eu sou ou não sou. E eu estou com vocês (da chapa 1)" ; "Não vou deixar o Grêmio cair, tenho o compromisso de empurrar o time em campo"; "Não adianta uma reforma no Grêmio, precisamos de uma revolução".

O evento que marcou o lançamento oficial da Chapa 1, a Renova Tricolor, na noite desta quinta, também serviu para os integrantes do movimento de oposição lançarem a candidatura de Odone, com uma grande festa da torcida Geral do Grêmio. Mais de mil pessoas estiveram presentes.

Homero Bellini Junior, um dos integrantes do movimento, está confiante na volta de Odone à presidência do clube. E, na opinião dele, a situação, com o movimento Dá-lhe Grêmio, não conseguirá ter o ex-presidente Fábio Koff como candidato na eleição.

– O presidente Koff é um grande gremista, tem todos os direitos como qualquer outro de concorrer, mas não acreditamos. Imaginamos que seja uma estratégia política da chapa da situação, que vê o momento delicado, e se utiliza da figura ilustre dele – disse ele por telefone ao clicEsportes, ainda no evento.

Os grupos da situação não acreditam que Koff deixará a presidência do Clube dos 13 para se dedicar totalmente ao Grêmio, como comenta Homero Bellini Junior:

– Não vemos como possível, porque ele acaba de participar da eleição no Clube dos 13, onde contou com apoio de clubes e se comprometeu com eles. Sabendo do caráter do Fábio Koff, ele não vai desapontar e deixá-los na mão – justificou seu pensamento.

Caso ocorra uma disputa entre Odone e Koff, Homero acredita que os associados irão valorizar o presidente que aceitou o desafio de comandar o Grêmio na Segunda Divisão, apesar de reconhecer a história de títulos e vitórias do possível concorrente.

– Imagino uma decisão como sempre ficando nas mãos do associado, que vai saber valorizar quem esteve presente na vida do clube nos últimos anos, quem aceitou o desafio de tirar o clube da Segunda Divisão. Claro que se respeita a história do Koff, o mais vencedor, mas também é verdade que, desde 1995, ele seguiu outro caminho. Em função disso se afastou do caminho do Grêmio, aparecendo somente em eleições. Esperamos que o associado saiba valorizar isso. O Grêmio precisa de um presidente que se entregue ao clube totalmente – salientou.

Unificação política

Também nesta quinta, um dos integrantes do movimento Dá-lhe Grêmio, da situação, Evandro Krebs, comentou ao clicEsportes que gostaria de ver os grupos políticos do clube trabalhando unidos, em prol do time do coração. Homero Bellini Junior gosta da ideia, mas acredita que isso só será possível após as eleições tanto para o Conselho Deliberativo, agora em setembro, como para a presidência, em outubro.

– Passado o processo eleitoral, é uma obrigação de todos os gremistas trabalharem juntos pelo clube. Tenho certeza que depois todos terão a visão óbvia de que não há de se ter espécie alguma de vingança, mesmo que já tenha acontecido isso no Grêmio, para o lamento de todos os gremistas. Essa união é possível, mas não agora – destacou.
 

A união que Homero imagina ver antes, durante e depois da eleição é a de todos na torcida pelo Grêmio, para que a equipe se recupere no Brasileirão.

– A união comum entre as três chapas é a união na torcida pelo time do Grêmio, para que não caia para a Segunda Divisão – disse.

A terceira chapa a que se refere Homero, é a Terceira Via, recém-criada por associados gremistas, com novas ideias.

– A Terceira Via surgiu de associados, não tem conselheiros, e acho extremamente salutar o surgimento dela. Democraticamente é muito positivo, são pessoas novas mostrando ideias, e podem ter força política e eleitoral, mas não tenho dúvida que, das três concorrentes, a que apresenta a melhor condição de administrar bem, pela sua história, e que conhece os atalhos, nesse momento, com plenas condições, é a chapa 1 – concluiu ele, fazendo a sua propaganda final.