| 05/08/2010 07h29min
Entre outras virtudes, o futebol tem o atributo de unir famosos e anônimos, ricos e pobres, pessoas de todas as raças, crenças e condições sociais. Um jogo histórico como o desta quinta, às 21h50min, entre Inter e São Paulo, colocará diferentes torcedores em uma mesma situação, com o mesmo objetivo: grudados na TV, esperando que o time chegue à final da Libertadores da América. O que significará também estar no Mundial de Clubes.
Alguns deles cultivam superstições, outros gostam de ficar sozinhos, outros fazem festa.
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Confira como será a torcida de alguns colorados famosos e anônimos:
Fabrício Carpinejar, escritor e colorado
clicEsportes — Onde e como você vai assistir ao jogo?
Fabrício Carpinejar — Vou assistir em casa, acompanhado da minha namorada, vestido com a minha camiseta retrô do Falcão.
clicEsportes — Tem alguma mania ou ritual?
Fabrício Carpinejar — Não faço nada uma hora antes do jogo. Enquanto assisto pela TV, escuto pelo rádio, no mesmo radinho que uso desde que me conheço por gente. E a camiseta não pode falhar. Já tentei usar outras camisetas, mas o time começa perdendo e eu vou trocando até acabar o jogo usando a mesma do Falcão. Hoje não é dia para arriscar assistir com outra...
clicEsportes — A notícia de que o jogo vale vaga no Mundial aumentou a ansiedade?
Fabrício Carpinejar — Muito. Diria que esta notícia transformou a ansiedade em histeria.
Paulo Tigre, empresário, presidente da Fiergs e colorado
clicEsportes — Onde e como você vai assistir ao jogo?
Paulo Tigre — Estou na pior das situações. Estarei em São Paulo, mas não irei ao jogo, sendo que recebi um convite para ver a partida no estádio. Estarei em um evento de uma das entidades filiadas. Este é o ônus de ser presidente da Fiergs. Na final de 2006, viajei para São Paulo para assistir ao jogo no Morumbi. Desta vez, vou acompanhar da maneira que for possível. E logo que me livrar do evento, vou sair o mais cedo possível para ir assistir em uma TV do hotel.
clicEsportes — Tem alguma mania ou ritual?
Paulo Tigre — Normalmente tiro o som da TV e não deixo o rádio ligado. Só ligo para conferir algum lance duvidoso ou comentário. Prefiro ficar em silêncio e tirar minhas próprias conclusões. A emoção da transmissão às vezes emociona demais. Geralmente assisto sozinho. Hoje certamente estarei sozinho. E vou levar para São Paulo minha camiseta do Inter. Não poderei vesti-la durante o evento, porque estarei de terno e gravata, mas alguma peça da roupa vai ser vermelha.
clicEsportes — A notícia de que o jogo vale vaga no Mundial aumentou a ansiedade?
Paulo Tigre — Já era uma partida decisiva de qualquer maneira, mas ficou ainda mais. Acho que vamos ganhar o jogo, porque o São Paulo terá que sair para jogar. Confirmando a classificação, amanhã eu já estou bloqueando minha agenda para dezembro e comprando minha passagem para Abu Dhabi.
Mário Bisso, taxista e colorado
clicEsportes — Onde e como você vai assistir ao jogo?
Mário Bisso — Em casa, com meus guris, colorados: Wesley, 13 anos, e Guilherme, 10. Vamos colocar uma carne no forno e comer uma janta especial, afinal é um jogo especial.
clicEsportes — Tem alguma mania ou ritual?
Mário Bisso — Sempre usamos nossas camisas do Inter e colocamos uma bandeira na janela. Moro em um condomínio, no bairro Alto Petrópolis, e sempre rola aquela gritaria e provocação entre os vizinhos colorados e os gremistas. Na hora do jogo, tiramos o som da TV e escutamos no rádio.
clicEsportes — A notícia de que o jogo vale vaga no Mundial aumentou a ansiedade?
Mário Bisso — Aumentou. Saber que estamos quase lá é um atrativo a mais.
Marcos Urich, funcionário de posto de gasolina e colorado
clicEsportes — Onde e como você vai assistir ao jogo?
Marcos Urich — Tenho pensado nisso há dias. Vou sair do trabalho às 22h, o jogo vai estar rolando. Normalmente eu fico assistindo no posto com os colegas, mas desta vez o jogo está mexendo tanto conosco que eu prefiro perder o primeiro tempo no caminho para a minha casa, no Jardim do Salso, para ver mais tranquilo. Eu vou estar muito nervoso.
clicEsportes — Tem alguma mania ou ritual?
Marcos Urich — Sempre me tranco no quarto para ver os jogos em silêncio, sozinho. Fico bravo se me incomodam. Minha mulher e minha filha já sabem como é e nem chegam. Porque se elas entram no quarto em um momento que o Inter está perdendo, eu posso responder mal, por causa da irritação. O Inter mexe muito com o dia-a-dia da gente...
clicEsportes — A notícia de que o jogo vale vaga no Mundial aumentou a ansiedade?
Marcos Urich — Estamos a um passo de conquistar o mundo de novo. Isso motiva ainda mais, porque quem vencer estará muito perto de ser campeão. Eu sempre disse que Inter x São Paulo era uma final antecipada.
• Torcedor colorado, conte como será a sua torcida nesta noite
Emocione-se com a chegada da torcida do Inter ao Beira-Rio em time-lapse:
Colorados de diferentes profissões se unirão em frente à TV
Foto:
Amauri Knevitz Jr, Renata Stoduto e Dudu Leal, Fiergs
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