| 31/07/2010 09h16min
Não é bom o retrospecto dos técnicos da Dupla em clássicos recentes. Silas foi o único a vencer levando-se em conta os três últimos Gre-Nais de cada um. Mas o momento é favorável a Celso Roth, à frente de uma sequência de cinco vitórias em cinco jogos. No balanço geral, as forças se equilibram. Por baixo.
A história mais drástica é a de Roth. Após três derrotas em Gre-Nais no ano passado pelo Grêmio, caiu no Gauchão e foi impedido de avançar às finais da Libertadores.
Agora, no Inter, Roth volta ao clássico em meio à semifinal da Libertadores. Já tomou suas decisões: como a partida em São Paulo será só na quinta-feira, deve encorpar o time para o Gre-Nal. Usaria mais titulares do que havia pensado. Além de Renan, Bolívar, Guiñazu ou Sandro, o banco de reservas estará reforçado pela turma da Libertadores. No fundo está uma situação: Roth elogiou o Grêmio no empate com o Cruzeiro, e sabe que o bom momento do Inter exige vitória no clássico.
– O certo é que não teremos o time da última quarta. Mas há tempo hábil para recuperar os jogadores. – disse Roth.
O retrospecto? Bem, Roth nem gosta de pensar nisso. Nos últimos sete Gre-Nais (todos pelo Grêmio), perdeu quatro e empatou três. A sua última vitória em Gre-Nal ocorreu em 2000, treinando o Grêmio: 2 a 1. Mas ele também é o técnico do impactante Gre-Nal dos 5 a 2.
No lado do Grêmio, o problema de Silas não é o currículo em clássicos, de apenas três jogos. O problema é o momento, relegado à zona de rebaixamento do Brasileirão. Cada jogo seu é como se fosse um ultimato. Um Gre-Nal é bem mais do que isto. O técnico contesta.
– Não recebi nenhum ultimato da diretoria. O barulho é mais de fora para dentro do que de dentro para fora. Estou abraçado com o Grêmio, tem gente aqui que acredita no meu trabalho – disse Silas.
No Olímpico, a vitória convincente, de 2 a 0 no Beira-Rio, no primeiro Gre-Nal decisivo do Gauchão, é a que está servindo de exemplo em palestras aos jogadores no vestiário.
– A gente não pode perder clássico. Este é um jogo que não se ganha só jogando, se ganha também no coração. Vamos enfrentar o Inter, não A, B ou C. Eles estão mordidos porque ganhamos lá dentro (no Beira-Rio) por 2 a 0.
Silas se diz admirador do trabalho de Celso Roth. Segundo ele, Roth é o típico técnico que espera o adversário e sai em contra-ataque. Silas já sabe o antídoto.
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