| 26/07/2010 17h24min
Na sua primeira convocação para a Seleção Brasileira, o técnico Mano Menezes chamou 24 atletas, sete com idade olímpica - Renan, Rafael, Sandro, Ganso, Neymar, Pato e André. Na entrevista coletiva após a divulgação da lista dos atletas, Mano garantiu que os atletas que atuam no futebol brasileiro estarão em pé de igualdade com os dos clubes de fora:
– Nós não vamos chamar jogadores da Europa apenas pelo fato de estarem atuando lá e por terem mais repercussão. Quando jogador que estiver jogando no Brasil e estiver bem, vai fazer parte da Seleção. A gente também sabe que quando ele está no país e é chamado, ele não vai ficar por muito mais tempo no clube e vai rumar para a Europa e vai ser mais um 'europeu' – ponderou o treinador.
Confira os principais trechos da entrevista de Mano Menezes:
— Pensamos em fazer um início de uma renovação e, dentro dessa renovação, vocês sabem que o foco é para a Copa 2014, mas também a Olimpíada de Londres. Nessa convocação colocamos sete jogadores com idade olímpica. Isso visa a um trabalho paralelo para eles, com ambientação para prepará-los para o momento que formos dirigir nossas atenções para a Olimpíada. Temos outra ideia para os demais jogadores, possivelmente sejam mais utilizados. E mesmo que os outros não joguem, vão participar do ambiente, estarão juntos e próximos a mim para eu conhecê-los. Os sete jogadores que têm idade olímpica são Renan, Rafael, Sandro, Ganso, Neymar, Pato e André.
— As transformações sempre são mais difíceis. Algumas mais lentas, outras não. Mas para o momento, essa lista foi na medida certa. A Copa sendo no Brasil vai ser mais difícil por um lado, mais apoio por outro. Temos muito chão para percorrer e para termos uma Seleção lá no momento da Copa com momento para suportar tudo isso.
Três etapas
— Acho que é uma etapa importante do trabalho. Vai ser dividido em três momentos. Uma Copa América, uma Olimpíada e a Copa de 2014, o maior momento de todos. Vamos usar algumas datas específicas para a seleção olímpica. Vamos elaborar um calendário e estabelecer uma relação com os clubes europeus, porque eles não têm obrigação de liberar os atletas.
Comissão técnica
— Eu procuro sempre estabelecer um relacionamento amplo para essas escolhas. Não gosto de ser o único para decidir membros da comissão técnica. Não conheço nada de medicina. Cada área vai cuidar das suas respectivas peculiaridades.
Bom senso
— O futebol tem 17 regras. Mas uma vez eu fiz um curso de arbitragem e aprendi que existia a 18: o bom senso. É isso que vou adotar.
Jogadores da Europa x jogadores do Brasil
— Nós não vamos chamar jogadores da Europa apenas pelo fato de estarem jogando lá e por terem mais repercussão. Quando jogador que estiver jogando no Brasil e estiver bem, vai fazer parte da Seleção. A gente também sabe que quando ele está no país e é chamado, ele não vai ficar por muito mais tempo no clube e vai rumar para a Europa e vai ser mais um 'europeu'.
Relação com a imprensa
— Vamos estabelecer uma regra aqui. Não minto, mas omito algumas coisas.
— Não basta ser agradável ou simpático. Se não tiver os resultados também não dá. Trato todo mundo com respeito e assim espero ser tratado. Não tenho aversão à crítica.
Capitão com atitude
— Ainda não defini o capitão. Eu os conheço pouco. Para escolher quem vai desempenhar essa função. Não quero que essa função seja decorativa. O importante não é a faixa no braço, e sim a atitude.
Esquema tático
— Eu gosto mais de jogar no 4-2-3-1. Isso dá uma condição muito boa de força ofensiva, chegada pelos flancos, chegada dos homens de trás, e os clubes europeus estão usando um tripé na formação de meio-campo. Talvez seja um caminho. O futebol é cíclico. Houve um momento em que se tiraram praticamente os atacantes. E agora estamos devolvendo atacantes ao campo de jogo.
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