Em entrevista coletiva concedida neste domingo, o técnico Dunga falou sobre o Chile, adversário do Brasil nas oitavas de final da Copa do Mundo 2010. E o treinador da Seleção destacou duas características dos chilenos: velocidade e competitividade.

– O Chile é uma equipe diferente, mais competitiva, mais rápida. Adquiriu a mentalidade do seu treinador, vem a campo para jogar - afirma.

Lembrado sobre a retrospectiva recente do confronto - Dunga comandou o Brasil contra o Chile em cinco jogos, com cinco vitórias, o treinador preferiu amenizar a influência da estatística.

– Isso complica. A gente conhece eles, eles também nos conhecem bem. Cinco jogos e cinco vitórias fica só para a estatística. Para nós o que vale é o próximo jogo – justifica.

Dunga não sabe ainda se poderá contar com Felipe Melo, que se recupera de lesão. Mas, como é costume em coletivas, foi convidado a falar também sobre outros assuntos sem relação com a partida desta segunda-feira.

Primeiro, Dunga foi perguntado se o futebol de hoje é menos qualificado que o do passado.

– Meu avô falava para o meu pai que na época dele era melhor. Meu pai falava para mim. E eu vou falar para meu filho. É difícil. Antes tínhamos apenas a técnica, depois apareceu a preparação física, depois a tática, depois a pressão psicológica. Hoje se cometem mais erros porque a velocidade e o espaço do jogo mudaram muito – respondeu, para em seguida ser convidado a falar sobre o uso de aparelhos eletrônicos no auxílio aos árbitros:

– Se colocar a eletrônica no futebol, você não vai ter mais o que escrever. Acaba a polêmica. Muita gente ia perder o emprego, não estaria você aí, nem eu aqui – brincou.