| 21/06/2010 03h02min
Ficou o que há de melhor no futebol de competição: vitória convincente com três gols, classificação antecipada, reconhecimento da crítica internacional bem efusivo, que foi capaz de tornar até irrelevante o toque de antebraço de Luís Fabiano no segundo gol da Seleção, um prodígio pessoal que não merecia ser invalidado, mas apenas e fortemente elogiado.
O fato é que a Costa do Marfim, por algumas proezas bem feitas, merecia respeito e consideração tática. O jogo custou a ser plenamente brasileiro porque não saiu a jogada de ataque, apenas a troca segura de passes defensivos no aguardo da primeira vacilação. Mas depois do primeiro gol, o chute impressionante de Luís Fabiano que derrubaria a trave se ela se interpusesse, a Seleção acertou o timing e ganhou com autoridade e elogios estrangeiros.
Ficou uma dessas certezas inseguras do futebol: a Seleção deve estar começando a jogar. Nem precisa se importar muito com o jogo da sexta-feira em Durban contra Portugal porque nada mais se altera. Mas Dunga deixou que todos entendessem que não vai poupar jogadores.
Quem há de contrariá-lo?
Contracapa
Parreira está convencido de que a África do Sul pode se levantar nessa Copa em que está na última posição do Grupo A com um ponto e terá de ganhar da França, terceira colocada, mas com um ponto. Não é tarefa impossível, os franceses jogam menos do que já jogaram em outras Copas. Mas os africanos parecem abatidos. E Parreira, quando fica preocupado, recurva os lábios para baixo, as sobrancelhas caem, os olhos diminuem, o conjunto todo fica deprimido na contracapa do Sun Sport desse domingo
Felipão
Só ontem pude rever Luiz Felipe Scolari de gravata, terno, cara boa, falando em inglês de boa fluência portuguesa, animado, pontual e, como gosta, definitivo. Falou de uma coisa que também falo: a reclamação indevida de jogadores de todas as seleções. Nunca é falta, nunca é toque, jamais foi empurrão. Felipão, numa frase:
— É ridícula a reclamação. Ou será que eles pensam que o juiz não está aqui na África do Sul?
Tristeza
Fiquei sinceramente decidido a até me emocionar com a lenta agonia da Itália, de certa forma somos todos italianos. Mas não consegui, a Itália foi muito incompetente, não soube ganhar de Nova Zelândia. Vi o jogo do Centro de Imprensa no Soccer City. Ninguém se emocionou ou gritou. Uma tristeza, talvez se salve, numa combinação engenhosa de resultados, mas na última rodada. Já são dois empates constrangedores.
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