| 03/03/2010 16h16min
Já são seis dias que o atacante Walter não aparece no Beira-Rio para treinar. A direção, já irritada, aguarda pelo contato do jogador para uma conversa e um pedido formal de desculpas pelo período de ausência. Além disso, é certo que uma das punições será a de o jogador ser rebaixado para o time B, além de ter multa descontada do salário pelos dias de falta ao trabalho. A psicóloga Suzana Fleury diz que esse tipo de comportamento, entre jogadores, não é normal:
– É muito raro um atleta fazer isso, pois eles gostam muito de fazer o que fazem e a maioria faz do futebol a chance de ter suas conquistas pessoais. Por isso, é algo que chama a atenção. Um clube com a grandeza do Inter já deve estar trabalhando os aspectos psicológicos envolvidos na questão. Caso não esteja, vai precisar fazer, pois atletas são pessoas e têm seus momentos de facilidade e dificuldade, sendo que uns tem mais capacidade de enfrentar os problemas que outros. É preciso haver o resgate da pessoa e do atleta – recomenda a profissional.
Apesar de desconhecer a dimensão dos problemas de Walter, a psicóloga Suzana reforça que o atleta necessita de acompanhamento para reagir:
– Não sei os motivos que levam o Walter a fazer o que ele está fazendo, mas sei que ele está com déficit na resolução de problemas com uma atitude mental não muito positiva diante do momento que vivencia. Nem todos os atletas têm essa capacidade, por isso o trabalho psicológico serve de suporte para ajudar o jogador a reverter esse quadro.
LANCEPRESS E CLICESPORTES
Psicóloga lembra que jogadores costumam fazer do futebol o meio para atingir conquistas pessoais
Foto:
Lucas Uebel, Vipcomm
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