| 20/12/2009 15h57min
Criado no Coritiba, o meia Alex fala como se não houvessem se passado 12 anos desde que deixou o clube. Da Turquia, o jogador do Fenerbhace viu o desfecho trágico do ano do time e fala como se tivesse participado de cada momento. Em entrevista ao site Globoesporte.com, criticou os vândalos que invadiram o campo e fizeram tumulto após o último jogo do campeonato:
— Sinto uma tristeza profunda, porque conheço bem a torcida e não é nada daquilo. Foi uma minoria levada por esse ano frustrante e a situação agonizante do último mês. Existe essa marginalidade desequilibrada em qualquer canto. Não é uma questão só do futebol, é social. Por outro lado, havia mais 30 mil torcedores no estádio que não aprovaram nada daquilo. O prejuízo que eles causaram foi pior do que o rebaixamento para a Segunda Divisão.
Alex disse que já esperava uma reação raivosa de parte da torcida.
— Assisti a tudo. Não sei se tinha convicção ou o desejo de que o time
escapasse. Me preocupava o momento mágico
do Fluminense ganhando tudo. Sabia que criaria muita dificuldade. Para o Coritiba, faltava um ambiente favorável. A tensão aumentava a cada fim de semana com as goleadas contra o Santos e o Cruzeiro. O clima não era bom. Já imaginava. Tenho amigos que participam das organizadas, são dos bairros e têm uma visão parecida com a daqueles que invadiram o campo. Falam que o jogador tem de apanhar, o presidente merece levar porrada. A torcida tem de entender que jogador ruim não vai aprender a jogar apanhando — alega.
O meia acusa também a falta de compromisso de alguns jogadores.
— Quando joguei no Coritiba, 60% do elenco era de meninos. Muitos nem jogavam, só estavam no grupo. Mas sabiam o que representava estar ali e fazer o time subir para a Primeira Divisão (em 1995). Hoje o jogador chega, parece que bate cartão quando sai e esquece. A relação é fria. Não dá para chegar pensando em sair na metade do ano para o Exterior. Precisa de compromisso. Eles têm de
conhecer o clube, saber quem
já jogou ali, a história. Uma história de 100 anos. Saber que existe um torcedor que sofre e fica feliz — afirma.
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