| 25/11/2009 04h51min
Polêmica à vista. Cotado para assumir o Grêmio, o técnico Dorival Jr. tem o mesmo perfil moderado de Paulo Autuori, que sofria resistência por não possuir a chamada “cara do clube”. Especialistas ouvidos por ZH atestam que o treinador do Vasco se notabiliza pelo jeito ponderado de comandar.
Esta é opinião de Roberto Alves, colunista do jornal Diário Catarinense, de Florianópolis. Dorival Jr. teve passagem por Florianópolis pela primeira vez em 2003, como gerente de futebol do Figueirense. Antes de ser demitido, devido a divergências com investidores do clube, lançou jogadores como Cícero, Soares e Marquinhos Paraná, que fizeram parte de um dos melhores times do Figueirense nos últimos anos. Em 2006, retornou como técnico do Avaí, na Série B.
– Tenho dúvidas se ele dará certo no Grêmio. É um treinador estudioso, mas me parece um pouco light, enquanto o futebol gaúcho exige alguém mais enérgico – entende Alves.
Apresentador e comentarista da Rede Globo,
Alex Escobar elogia o olhar apurado
de Dorival Jr. para as categorias de base. Lembra que o técnico sempre exigiu do Vasco uma boa estrutura. O fato de o clube estar sofrendo ação de despejo do CT do Vasco Barra será determinante, conforme Escobar, para a saída de Dorival. Quanto ao estilo do técnico, o comentarista tem uma avaliação parecida com a de Roberto Alves.
– O perfil dele é moderado. Mas isto não é empecilho. O resultado é tudo. Se Autuori tivesse feito boa campanha, ninguém ligaria para seu perfil moderado. Vale o mesmo para Dorival – entende Escobar.
Dorival Jr. chegou ao Vasco no início do ano. Remontou um grupo que havia sido dissolvido na gestão anterior. Os resultados positivos, porém, logo apareceram. Com vitórias sobre Botafogo, por 4 a 1, e Flamengo, por 2 a 0, chegou à semifinal. Aí, caiu ao ser goleado por 4 a 0 pelo Botafogo.
Na Copa do Brasil, foi até as semifinais. A eliminação frente ao Corinthians, que faria a final contra o Inter, foi decorrência de um erro de
arbitragem do árbitro Leonardo
Gaciba.
– Ele não inventa. Em um ano, não fez nenhum treino secreto. No máximo, pede aos cinegrafistas que não filmem algumas cenas. Seu esquema é o 4-4-2. E não é adepto a usar volantes de contenção – informa Bruno Marinho, setorista do Vasco do jornal Lance.
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