| 24/11/2009 06h10min
Depois da vitória emblemática no Mineirão sobre o Atlético-MG, a primeira indagação que me ocorreu foi a seguinte. Como é possível, para um time que há bem pouco tempo parecia desorganizado e sem rumo, chegar a uma atuação tão superior?
Uma resposta está na cara: a repetição. O técnico Mário Sérgio repetiu os 11 jogadores do 3 a 1 em cima do Santos e, com isso, ganhou conjunto. Bem, até aí, novidade alguma. Todos perceberam isso, de tão óbvio.
Mas tem uma segunda resposta. Uma resposta de 19 anos, que vai casar agora em dezembro e reza cantando fervorosamente às quintas-feiras perto de casa (eu já o vi em ação no culto, e é mesmo impressionante): Giuliano.
Do meio do ano para cá, não há boa atuação do Inter que não tenha Giuliano. E há várias partidas ruins sem Giuliano. Quando ele deixou Porto
Alegre para o Mundial Sub-20, então, a depressão inundou o
futebol do Beira-Rio.
Giuliano é o típico acertador de meio-campo. É o novo Tinga. Só que com mais recursos ofensivos. Marca, arma, se movimenta e, agora, faz gols.
Jogadores como Giuliano ou Tinga não precisam ser necessariamente goleadores. Sua missão é servir e, de vez em quando, marcar gols. De preferência, decisivos. Como aquele de Tinga, na final da Libertadores. Ou este, de Giuliano, no Mineirão, que devolveu ao Inter o direito ao sonho de um dia viver tudo de novo, como em 2006.
No ano passado, ele já foi escolhido craque revelação da Série B, pelo Paraná. Neste, é forte candidato ao bi, só que um degrau acima: na Série A. Na escolha dos melhores do Brasileirão, o nome de Giuliano aparece como um dos cotados para receber o troféu conferido aos talentos emergentes. A boa campanha como capitão da seleção sub-20 lhe dá lustro nesta eleição.
Giuliano, o novo Tinga do Beira-Rio. Esta é a diferença do Inter nesta reta final de
Campeonato Brasileiro.
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