Com apenas 15 anos, o paulista Gabriel Medina foi o grande destaque do sábado na praia do Arpoador. Logo na primeira bateria do dia, ele deu um show fazendo os recordes do campeonato com as notas 9,00 e 8,33 que recebeu nas duas ondas computadas. Depois foi melhor ainda, arrancando um 9,77 dos juízes com manobras incríveis, para totalizar 18,20 pontos de 20 possíveis. Medina é um dos dez brasileiros classificados para o domingo decisivo, contra oito de outros cinco países. Ele novamente vai disputar o primeiro confronto do dia, às 7 horas, na última rodada de baterias com quatro atletas.
 
— Estou amarradão por ter achado boas ondas e conseguido tirar essas notas altas, mas o mar não está fácil não, muito pelo contrário — ressaltou Gabriel Medina.

O carioca Raoni Monteiro ganhou a briga pela segunda vaga, com ambos eliminando o catarinense Willian Cardoso, um dos dois únicos brasileiros do grupo dos 15 primeiros colocados no ranking que sobem para o ASP World Tour. O potiguar Jadson André é o vice-líder e já está garantido na elite de 2010. Willian ocupa a 14ª e penúltima posição nessa lista.

Além de Medina, Rodrigo Dornelles e Simão Romão, mais sete brasileiros seguiram para o domingo decisivo no Rio de Janeiro. Medina disputa a primeira bateria do dia com dois deles, o carioca Pedro Henrique e o baiano Bernardo Lopes, com o americano Patrick Gudauskas completando este quarto dos seis confrontos da terceira fase. Simão Romão compete com três estrangeiros na seguinte, assim como o carioca Leonardo Neves na sexta e última bateria.

Entre os seis que já avançaram para a rodada dos 12 melhores, cinco são do Brasil e a exceção é o sul-africano Royden Bryson, que disputará as duas primeiras vagas para as quartas-de-final com o paulista Hizunomê Bettero e o pernambucano Bernardo Pigmeu. A segunda bateria também foi formada pelos últimos resultados do sábado na Praia do Arpoador e ficou toda verde-amarela, com o cearense Pablo Paulino, o paulista Miguel Pupo e Rodrigo Dornelles, único com chances de entrar no G-15 nesta segunda etapa seguida com nível máximo 6 estrelas da “perna brasileira” de fim-de-ano do WQS.