| 29/09/2009 12h12min
A equipe da candidatura de Tóquio para sediar os Jogos Olímpicos de 2016 mostrou nesta terça sua confiança no caráter ecológico e inovador de sua candidatura para convencer o Comitê Olímpico Internacional (COI) e frear o avanço de Chicago com o apoio do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O COI escolhe nesta sexta em Copenhague a sede dos Jogos de 2016. Além da capital japonesa, estão na disputa Chicago, Rio de Janeiro e Madri.
– É bom que os chefes de Estado tenham interesse nestes eventos. Reconheço que a presença de Obama tem força, mas isso nos estimula ainda mais – admitiu hoje em entrevista coletiva o presidente do comitê da candidatura da capital japonesa, Ichiro Kono.
Kono destacou o trabalho em equipe da candidatura Tóquio 2016 e o apoio do primeiro-ministro do Japão, Yukio Hatoyama.
O fato de os últimos Jogos Olímpicos terem sido realizados na Ásia (Pequim, em 2008) não prejudica Tóquio, já que o COI não tem uma política de rotação de continentes, motivo pelo qual a decisão sobre a sede olímpica em 2016 será decidida por "méritos", enfatizou Kono.
Segundo a equipe da candidatura de Tóquio, se a cidade for escolhida nesta sexta pelo COI, os Jogos Olímpicos de 2016 serão os "mais verdes" da história e transformarão a capital do Japão em um modelo de metrópole que respeita o desenvolvimento sustentável.
A candidatura japonesa lembrou também o alto grau de inovação tecnológica de seu projeto, cujo maior exemplo é o primeiro ginásio que funciona exclusivamente com energia solar.
O fato de que o núcleo das instalações esportivas se encontre em um raio de oito quilômetros, a hospitalidade dos habitantes de Tóquio e seu compromisso com os Jogos – apesar do pouco apoio popular ao projeto, criticado no relatório do COI – foram outros dos pontos destacados pela candidatura de Tóquio.
Segundo Kono, o ensaio da apresentação oficial de Tóquio realizado ontem no palácio de congressos Bella Center, palco nesta sexta da escolha final, foi "perfeito" e minimizou a suposta falta de emotividade.
– Não é que os japoneses não tenham emoções, mas não as expressamos da mesma maneira – afirmou o vice-presidente do comitê da candidatura Tóquio 2016, Tsunekazu Takeda.
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