| 25/06/2009 10h56min
Os acontecimentos da madrugada no Mineirão, a partida que acabou transformando-se em caso de polícia, com o volante do Cruzeiro Elicarlos acusando o gremista Maxi López de racismo, por supostamente chamá-lo de "macaco" em meio a uma discussão de jogo, ainda repercute com força em Belo Horizonte. Como o incidente ocorreu após a partida, já na madrugada de hoje, os jornais tiveram pouco tempo para repercutir o caso. Todo o noticiário dos jornais de Belo Horizonte, porém, por menor que sejam sobre o incidente, condenam o argentino – e lembram o caso Desábato x Grafite. Os programas de rádio também criticaram a suposta atitude de Maxi. Ainda na madrugada, nos programas da Rádio Itatiaia – a principal emissora do Estado – Itatiaia é a Dona da Noite e Acorda, Paschoal, que contam com intensa participação dos ouvintes, a revolta de cruzeirenses e até dos rivais atleticanos era grande contra o atacante gremista.
Hoje pela manhã, o inquérito deverá ser distribuído para a 16ª DP, próxima ao Mineirão – onde há um posto policial somente para os dias de jogos –, que cuidará da investigação para identificar se houve ou não injuria qualificada de Maxi contra Elicarlos.
Nos próximos dias, o meia do Cruzeiro Wagner deverá ser ouvido pelo delegado responsável pelo caso. No depoimento de Elicarlos, ele citou que Wagner escutou o que Maxi disse em campo e saiu em sua defesa. O atacante argentino também poderá ser inquirido mais uma vez pela polícia. Não precisará voltar a Belo Horizonte, sendo ouvido através de carta precatória pela polícia gaúcha.
A postura do técnico Paulo Autuori, minimizando o suposto ato de racismo de Maxi, também vem sendo muito criticada na capital mineira. Durante o depoimento do argentino na delegacia do Mineirão, um irritado Autuori disse para a delegada plantonista Roseli Baeta Neves:
– Isso que vocês estão fazendo é uma palhaçada.
Ato contínuo, a delegada deu voz de prisão ao técnico. Graças à intervenção da direção do Grêmio, pedindo desculpas pelo treinador, a delegada voltou atrás e liberou Autuori.
ZERO HORAEntenda a confusão |
Com informações do site Globoesporte.com. |
Saiba porque o jogo entre Grêmio e Cruzeiro virou caso de polícia |
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Maxi López discute forte com Elicarlos e Vágner durante a partida |
Após o jogo, Elicarlos diz que Maxi o chamou de "macaco". O jogador aciona uma delegacia dentro do Mineirão para denunciar o gremista por racismo |
Policiais entram no ônibus do Grêmio, imobilizam o segurança Fernandão e toda a delegação tricolor vai para a delegacia |
Após muita discussão na delegacia, o técnico Paulo Autuori recebe voz de prisão. Os policiais, no entanto, decidem liberar o treinador |
Maxi se defende, considerando a acusação uma injúria qualificada. Ele volta para Porto Alegre e não precisará retornar a Belo Horizonte para novos depoimentos |
Elicarlos é quem decidirá se seguirá com o processo. Se sim, Maxi pode ser indiciado. Os dois ainda podem entrar em acordo amigável |
Dirigentes do Grêmio falaram em clima de guerra para o jogo de volta, no Olímpico |
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